Quem
trafega sobre duas rodas no Distrito Federal aparece com cada vez
mais frequência no total de tragédias registradas no trânsito da
capital. O Detran admite falhas nos cursos de formação e avisa que
o processo de habilitação será revisto.
O
aumento da frota e o desrespeito às normas de trânsito aparecem
como ingredientes fatais para uma parcela crescente de condutores do
Distrito Federal: os motociclistas. Em 94% dos acidentes envolvendo
motos na capital federal, esses condutores morrem ou ficam feridos.
As demais vítimas são pedestres, passageiros da motocicleta ou
ocupantes de outro tipo de condução. Dos veículos em circulação
no DF, aqueles sobre duas rodas representam apenas 11% da frota, mas
respondem por um terço das tragédias nas vias. O índice cresce na
contramão dos registros envolvendo outros meios de transporte.
Levantamento
do Departamento de Trânsito (Detran) feito em 2012 revela que as
motos se envolveram em 30,1% dos acidentes fatais no DF. Foram 118
casos contra 113 no ano anterior, um aumento de 4,4%, apesar de a
proporção de motos em relação aos demais veículos ter se
mantido. Nos primeiros seis meses deste ano, os dados apontaram uma
redução, mas não o suficiente para tirar os motociclistas do foco
de ação da autarquia. “Mesmo tendo baixado, está
desproporcional, especialmente porque houve redução no envolvimento
dos demais veículos em acidentes. Os motociclistas continuam
morrendo. E não é só o profissional da moto. Quem a usa para
passear ou como meio de transporte também”, detalha Francisco
Saraiva, diretor adjunto do Detran.
Fonte:
Correio Braziliense
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