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12 POLICIAIS ESTÃO PRESOS E MAIS 20 ESTÃO NA MIRA DA CORREGEDORIA

As prisões de 12 policiais militares quatro meses depois do início da operação tartaruga tiveram reflexos na tropa. Enquanto as associações representativas de PMs e bombeiros, responsáveis por incentivar o atraso no atendimento das ocorrências durante o movimento, diminuíram o tom das críticas e dos ataques ao governo, os fóruns de discussão da categoria na internet silenciaram durante todo o dia. Justamente ontem, quando a Polícia Militar deteve um oficial e 11 praças.
A corporação não divulgou os nomes e as patentes dos detidos, mas o Correio apurou as identificações de seis deles: capitão Luiz Fernando Ramos Aguiar; 1º sargento (…)de Castro; 1º sargento W(…) da Costa; 2º sargento E(…) Pedrosa; e os cabos C(…) de Sousa e L(…)Otoni. Até o fechamento desta edição, os demais não tinham sido confirmados. O oficial é vinculado ao Centro de Comunicação Social. Os demais envolvidos são dos batalhões ambiental e de São Sebastião. Todos estão na ativa. Segundo a investigação interna, eles são responsáveis pela distribuição de e-mails e por publicações em redes sociais incentivando os colegas a retardarem o trabalho. O grupo também teria desobedecido a ordens superiores.
Segundo uma fonte no Comando da PM, os 12 mandados teriam sido cumpridos até a noite. Outros 20 policiais estariam identificados por atitudes semelhantes e podem ser presos a qualquer momento. Conforme a legislação militar, os homens presos provisoriamente cometeram quatro crimes, que podem levá-los à cadeia no fim do processo (leia Os crimes). Além disso, pelas condutas identificadas, também responderão administrativamente a procedimentos que podem ir de advertências a expulsão.
Durante as prisões de ontem, coincidentemente, não foram encaminhados e-mails com críticas a oficiais e a figuras do governo e com conclamações para a manutenção dos movimentos reivindicatórios. As mensagens eletrônicas eram comuns nas caixas-postais de policiais militares e de jornalistas desde o fim do ano passado. A última delas foi enviada por volta das 20h de quinta-feira lembrando que a operação legalidade (ex-tartaruga) continuaria.
Um dos mais ferrenhos defensores das reivindicações dos policiais e crítico afiado da política de segurança do governo, o vice-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra), sargento Manoel Sansão, MUDOU O DISCURSO após as 12 detenções. “Precisamos agir com responsabilidade. Não podemos criticar por criticar”, afirmou ao Correio. Ele disse não concordar com as prisões e colocou o departamento jurídico à disposição dos policiais, mas criticou aqueles que estão agindo isoladamente. “Se formos conseguir alguma coisa, será em grupo, assim, somos fortes.” Para ele, a operação tartaruga é assunto superado, já que a Justiça decretou a ilegalidade dela (leia Linha do tempo).
O presidente da Associação dos Oficiais da PMDF (Asof), Fábio Pizzeta, confirmou que um oficial filiado à associação aparece na lista dos presos ontem. Ele, no entanto, afirmou ser favorável ao “cumprimento das leis”. “Ainda não sabemos o motivo da prisão, mas vamos prestar toda a assistência jurídica ao filiado. Oficial ou não, o policial está sujeito a um regimento e, agora, caberá a ele provar a sua inocência diante do que ele postou ou deixou de postar (em redes sociais)”, explicou.
Tecnologia
A identificação dos 12 policiais, segundo o corregedor-geral da PM, coronel Civaldo Florêncio da Silva, foi possível após a aquisição, em dezembro do ano passado, de uma ferramenta que permite rastrear o envio de e-mails, postagens e mensagens pela internet, por rádio ou por celulares. “Quando observamos nas redes sociais alguns tipos de críticas indevidas, de incitação ao crime, de desrespeito e publicações indevidas, buscamos a identificação desses policiais”, detalhou.
Os mandados foram expedidos pela Justiça Militar na quinta-feira, e os policiais começaram a ser detidos pela manhã. Eles foram ouvidos na Corregedoria, passaram por exames de corpo de delito no IML e seriam encaminhados para presídios militares. A prisão cautelar vale por 30 dias, prorrogáveis até o fim do inquérito. “O nosso objetivo é zelar pela disciplina e pela hierarquia da PMDF, nossos conceitos basilares. Se essas pessoas continuassem soltas, poderiam atrapalhar as nossas investigações”, acrescentou o coronel Civaldo.
    O site Bombeiros DF, recebeu a informações que no CBMDF também haverá prisões.

Fonte: Rede Democratica

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