Um jato comercial fez um pouso de emergência em Brasília que
terminou com o avião bastante danificado, mas sem feridos.
O problema do avião foi causado por um defeito no circuito
hidráulico número 1, que impediu que o trem dianteiro, mesmo baixado,
permanecesse travado. E já havia sido percebido em voo pelos pilotos que
tentaram, sem êxito, garantir que o trem de pouso pudesse ser usado com
segurança.
Foi quando o comandante Eduardo Verli, com calma e
profissionalismo, comunica à torre de Brasília que vai declarar emergência e
precisa de todo apoio no solo.
“Não obtivemos sucesso, ainda temos a informação do trem de
nariz ainda que não baixado e travado. A partir de agora, a gente declara emergência.
A gente ainda tem ainda aproximadamente mais 17, 18 minutos de combustível. Eu
não quero assustar os passageiros com passagem baixa, vou prosseguir, solicito
apoio de solo, bombeiros e ambulância”, disse o comandante em comunicação com a
torre do Aeroporto JK, em Brasília.
A aeronave, um Fokker 100 de fabricação holandesa, veio para
pouso na cabeceira 11 da direita, uma das pistas mais longas e modernas dos
aeroportos brasileiros.
Como sempre, o piloto fez o avião tocar o solo apenas com as
rodas do trem principal, que fica junto às asas, segurando o nariz no alto até
que a perda de velocidade o baixasse. Bombeiros tinham preparado a pista com
espuma, para evitar incêndio a partir das faíscas do contato do metal do avião
com o asfalto.
Era pouco mais que 17h40, e a pista com o avião acidentado
ficou fechada até as 21h, com pousos e decolagens sendo efetuadas na antiga
pista de número 1.
44 passageiros e cinco tripulantes estavam a bordo. Todos
desembarcaram pelos escorregadores infláveis e ninguém ficou ferido. "Eu
senti que todo mundo ficou muito tranquilo. A forma como ele passou para a
gente o problema foi muito tranquilo. Não houve nenhuma tumulto. É claro que
algumas pessoas são mais suscetíveis com esse tipo de vento", lembra o
engenheiro agrônomo Roque Marinato.
Em nota, a Avianca disse que, durante todo o tempo, priorizou
o atendimento aos passageiros. Dos 44 passageiros, 14 tinham como destino
Brasília e foram para casa. 20 seguiram viagem para outras cidades em voos da
própria companhia. Nove adultos e uma criança foram acomodados em um hotel.
Segundo a Infraero, horas antes do pouso forçado em Brasília,
o piloto de outro avião da Avianca pediu que o aeroporto de Fortaleza também se
preparasse para uma situação de emergência, mas acabou pousando normalmente, às
15h43. Nesse voo, não havia passageiros no voo, apenas a tripulação.
A Avianca informou que o avião que pousou em Fortaleza é novo
e que saiu da Europa para ser levado para a Colômbia, onde vai operar. A
companhia disse que a parada na capital cearense já estava programada e que o
piloto pediu ajuda por precaução porque detectou um aquecimento no motor. A
Avianca reafirmou que o pouso foi normal.
FONTE: G1
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