Um incêndio registrado na última semana na quadra 304 da Asa Norte, destruiu parcialmente um apartamento e deixou, pelo menos, três pessoas ficaram feridas. Este tipo de acidente provoca sempre um debate acerca da situação dos condomínios em relação aos sistemas contra incêndio. Para o presidente do Sindicato dos Condomínios Residenciais e Comerciais do Distrito Federal (Sindicondomínio-DF), José Geraldo Pimentel, a manutenção em condomínios está deficitária.
“As manutenções preventiva e corretiva deixam muito a desejar, pois é comum verificar edifícios com sistema contra incêndio totalmente destruído, e ninguém faz nada. Será preciso que aconteça algo mais trágico para que as pessoas possam dar-se conta do risco diário a que estão correndo?”, questiona Pimentel.
De acordo com o presidente, as normas de segurança de um prédio devem seguir cuidadosamente as normas da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT). Os equipamentos de segurança devem ser vistoriados pelo Corpo de Bombeiros para a concessão do Habite-se, que atesta o cumprimento das exigências da legislação local.
Pimentel ressalta que cada edifício possui uma planta que foi estudada e elaborada por um arquiteto, e acompanhada por um responsável técnico. Segundo ele, todos os equipamentos necessários para atender as urgências e as emergências também fazem parte deste projeto.
“O síndico deve cuidar para que todos os equipamentos existentes no edifício estejam em pleno funcionamento, impedindo que terceiros interfiram ou que os modifiquem ou danifiquem. É necessário ainda que, periodicamente, estes equipamentos recebam por parte do seu representante uma vistoria para analisar se, em caso de emergência, estes estarão prontamente disponíveis para o uso”, ressalta Pimentel.
Manutenção
Os prédios precisam passar por vistorias periódicas para que recebam um certificado de segurança contra incêndio. O Corpo de Bombeiros emite o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), um documento que tem validade de apenas três anos e que precisa ser renovado. Existem empresas credenciadas junto ao sindicato que contribuem para prestar serviço de fabricação, comercialização, instalação e manutenção de sistemas de Segurança Contra Incêndio (SCI).
De acordo com levantamento do sindicato, os principais problemas que são observados em condomínios e que podem comprometer a segurança em caso de incêndio, são: extintores de incêndios descarregados ou vencidos, ou ainda em local impróprio (fora da altura), corrimãos danificados, portas corta-fogo desreguladas e falta de treinamento por parte dos síndicos, funcionários e moradores para manuseio dos equipamentos.
Confira as orientações do Corpo de Bombeiros do DF em caso de incêndio:
- Evite arrombar janelas e portas em caso de incêndio antes da chegada dos bombeiros. A penetração do ar irá ativar as chamas;
- Não interfira nos serviços de extinção de incêndios. Isto é tarefa dos bombeiros. (Pessoas sem o devido treinamento podem se machucar);
- Motorizado ou mesmo a pé, assim que ouvir as sirenes das viaturas do Corpo de Bombeiros, imediatamente facilite a passagem;
- Não estacione o seu carro junto ao hidrante de coluna ou em áreas reservadas para o Corpo de Bombeiros. Isso dificulta as manobras das viaturas.
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informações do CBMDF e Sindicondomínio-DF
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