Com a chegada do período mais
seco, em que a umidade relativa do ar pode atingir níveis críticos,
começam os incêndios nas matas do Distrito Federal. Para combater o
fogo, que chega a consumir grandes extensões da mata nativa do
Cerrado, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal trabalha
todos os anos, durante a estiagem, com a Operação Verde Vivo. A
operação deste ano começou no dia 17 de maio e vai até novembro.
Os trabalhos implicam aumento no
efetivo da corporação, relocação de viaturas de outras unidades e
a disponibilização de equipamentos específicos de combate a
incêndios nas áreas mais suscetíveis. Em 2014, o Corpo de
Bombeiros mobiliza diariamente na operação 170 soldados, que
comprem escala de 24 horas, e fica com 130 de sobreaviso. Os soldados
contam com o apoio de oito centros de socorro, que cobrem toda a
região do Distrito Federal, além de 24 viaturas e quatro aeronaves.
De acordo com a corporação, do
começo deste ano até o corrente mês, foram registradas no Distrito
Federal 1.226 ocorrências de incêndio com aproximadamente 1.600
hectares queimados. Apenas neste mês, foram 638 casos, com 1.014,44
hectares queimados. Em julho do ano passado, o número de incêndios
chegou a 841 com 1.398, 85 hectares queimados – em todo o ano,
foram 4.069 ocorrências, com a queima de 7.853,48 hectares.
O Cerrado é o segundo maior
Bioma brasileiro, perdendo somente para a Floresta Amazônica. Os
incêndios no Cerrado provocam uma série de problemas ambientais,
destroem a vida vegetal e animal e contribuem para a redução de
recursos naturais como nascentes e o empobrecimento do solo para
plantio e desenvolvimento da região.
Os incêndios florestais podem
ter causas naturais, como queda de raios, ou ser provocados por
fatores humanos, como soltura de balões, prática de queimadas para
preparar o solo para a agricultura e queima de lixo, além de pontas
de cigarro jogadas, principalmente à margem de estradas.
É proibido o uso de fogo em
áreas de floresta e nas demais formas de vegetação – a queimada
sem licença do órgão ambiental é tida como incêndio criminoso e
punida pela Lei de Crimes Ambientais. A pena para os responsáveis
vai de um a quatro anos de reclusão.
Fonte: Correio Braziliense
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