Um incêndio que durou oito horas
e foi controlado somente na madrugada de ontem destruiu boa parte da
Floresta Nacional. O fogo começou no início da tarde de terça
feira, às margens da BR-070, e se alastrou até a DF-001, próximo a
Brazlândia. A assessoria de Comunicação do Corpo de Bombeiros
informou que ainda calcula ao certo o tamanho da área queimada, mas
que é “possivelmente o maior incêndio do ano”. Sete viaturas e
30 homens foram necessários para contê-lo.
O período de seca aumenta
consideravelmente o risco de queimadas em toda região. Somente
ontem, 11 incidentes de pequena proporção foram registrados em
Ceilândia, no Noroeste, em Sobradinho e no Lago Norte. No início do
período da seca, em 5 de maio, o governo local decretou estado de
emergência em todo o DF. O mecanismo permitiu a contratação de
profissionais para compor, temporariamente, uma brigada de prevenção
e combate a incêndios florestais. O grupo atua em 72 parques e 22
unidades de conservação.
Com a publicação do decreto no
Diário Oficial, o GDF foi autorizado a contratar, até novembro, 29
profissionais. Todos foram capacitados pelo Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), uma vez
que o diploma de brigadista não é suficiente para o exercício
dessa função. Em setembro de 2011, um incêndio destruiu 25% do
Parque Nacional, que tem 9.346 hectares.
Perigo
As queimadas, combatidas
diariamente por equipes do Corpo de Bombeiros Militar, são causadas,
na maioria das vezes, por pessoas que iniciam fogueiras irregulares.
De acordo com o major Fabiano de Medeiros, chefe das Operações de
Combate a Incêndios Florestais, cerca de 70% das ocorrências
acontecem por causa da intervenção humana. “As margens das
rodovias são os locais de maior incidência, por serem regiões de
grande aglomeração humana”, comenta. Este ano, o maior incêndio
aconteceu em Brazlândia, em uma área de preservação de 60
hectares, no último dia 4.
A quantidade de incidentes também
aumentou em relação a 2013. Em junho do ano passado, foram
registradas 291 ocorrências, contra 372 do mesmo período em 2014:
um aumento de 27,8%. A partir de julho, os casos só aumentam. No ano
passado, foram 841 incêndios, e, em agosto, 1.444.
Fonte: Correio Braziliense
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