A cada 100 candidatos a uma
cadeira na Câmara Legislativa, pelo menos oito são ligados à
segurança pública. São concorrentes que buscam votos,
principalmente, entre suas tropas e corporações, mas que também
têm a oportunidade de ampliar o alcance das campanhas com o discurso
da proteção da vida e do patrimônio. Uma das áreas mais sensíveis
entre os brasilienses, a segurança pública será um terreno onde a
oposição será maioria, um desafio a mais para os governistas que
tentam a reeleição. Os dados foram apurados pelo Correio, a partir
dos 998 pedidos de registro de candidaturas para deputado distrital
recebidos pela Justiça Eleitoral. Do total, mais da metade possui
curso superior completo.
A segurança pública exerce uma
influência no eleitorado tão grande que, dos 24 distritais da atual
legislatura, cinco exercem ou já exerceram funções policiais e de
bombeiro militar, o que equivale a 20% da Casa. Todos foram eleitos
para defender os interesses de suas corporações, especialmente em
questões relativas à progressão na carreira funcional de militares
e policiais civis. Dos 83 candidatos ligados à Polícia Militar,
Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, 56 (67,4%) formam o “chapão
militar” de candidatos de oposição.
A segurança pública exerce uma
influência no eleitorado tão grande que, dos 24 distritais da atual
legislatura, cinco exercem ou já exerceram funções policiais e de
bombeiro militar, o que equivale a 20% da Casa. Todos foram eleitos
para defender os interesses de suas corporações, especialmente em
questões relativas à progressão na carreira funcional de militares
e policiais civis. Dos 83 candidatos ligados à Polícia Militar,
Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, 56 (67,4%) formam o “chapão
militar” de candidatos de oposição.
Entre eles está um dos
representantes dos praças militares durante a Operação Tartaruga
no ano passado. Edson Ricardo do Carmo, ou Tenente Ricardo Pato, está
filiado ao partido do candidato de oposição José Roberto Arruda, o
PR. Na esteira do movimento grevista, ele não esconde que o intuito
de sua candidatura é interligar a categoria e o governo. “Depois
da Operação Tartaruga, apareço como um dos mais cotados dentro da
PM para assumir essa representatividade na Câmara. Após 31 anos de
serviço, acho que posso contribuir para resolver a divisão que
existe entre os praças e os oficiais, que causa um sério prejuízo
para a corporação”, diz.
Polêmicas
Quem também aproveita a
visibilidade para disputar o pleito é Alexandre Bruno da Rocha, o
capitão Bruno (PP), que ficou conhecido no ano passado após ser
filmado justificando o uso de spray de pimenta contra manifestantes
com a frase “porque eu quis”. “Minha candidatura também pode
mostrar que a suposta agressão não aconteceu conforme o vídeo, que
foi editado para mostrar uma falsa impressão de truculência.
Sofremos provocação, e o spray acabou sendo usado porque foi
preciso”, relata. Ele conta que foi procurado pelo PP no início do
ano com a proposta de se candidatar. “Tenho sido bem recebido,
inclusive entre os praças. Vou trabalhar pela instituição, quero
agregar”, fala.
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