Um ônibus escolar bateu na
traseira de um ônibus urbano do Distrito Federal na tarde desta
terça-feira (23), no Eixo Monumental, em Brasília. O acidente
aconteceu próximo ao Palácio do Itamaraty. O veículo transportava
41 crianças com idades entre 8 e 10 anos. Ao todo, 22 estudantes e
três professores tiveram ferimentos leves.
A colisão ocorreu por volta das
15h. Os passageiros do ônibus urbano, que fazia o percurso da
Rodoviária do Plano Piloto ao shopping Pier 21, não se feriram.
Duas faixas foram interditadas, mas a via não registrava retenção
até as 17h.
As crianças estudam na Escola
Classe 10 de Ceilândia. Elas participavam de um passeio turístico
no Espaço Israel Pinheiro, na Praça dos Três Poderes. "A
gente ia estudar o cerrado", afirmou a estudante Jhuliane
Gonçalves, de 8 anos. Ela estava em uma dos últimos assentos do
coletivo e sofreu apenas arranhões no braço.
O ônibus escolar pertence à
empresa Pollo Turismo e Eventos. O G1 entrou em contato com a
companhia, que não quis se manifestar.
A Secretaria de Educação do DF
informou que está prestando atendimento às vítimas, que foram
socorridas pela equipe médica da Câmara dos Deputados (orgão mais
próximo do local do acidente). Segundo a pasta, o ônibus foi cedido
pelo próprio espaço Israel Pinheiro, e as turmas do 4º e do 5º
ano fizeram o mesmo passeio nas últimas semanas, sem qualquer
problema. O G1 não conseguiu contato com o espaço cultural.
A assessoria da Câmara dos
Deputados confirmou que foram atendidos três professores com
contusões de menor gravidade e 22 crianças com escoriações e
traumas cranianos leves. Às 17h20, 24 das 25 vítimas já tinham
sido liberadas. Uma criança com quadro de trauma abdominal aguardava
vaga para ser transferida para o Hospital Materno Infantil de
Brasília (HMIB) ou para o Hospital de Base (HBDF). A secretaria de
Educação informou que a criança está bem, que a mãe já foi
informada e que a pasta acompanha o caso de perto.
Desespero
Juliane diz que os colegas
entraram em desespero após o acidente. "Estava conversando com
minhas amigas e, de repente, blam! A gente nem esperava. Todo mundo
começou a chorar, a pedir socorro. As 'tias' ficaram bem machucadas,
machucou aqui, aqui, aqui", disse, apontando os braços e o
rosto.
Três professoras acompanhavam o
grupo de estudantes. Além dos brigadistas e médicos da Câmara
Federal, seguranças e outros servidores também ajudaram a acalmar
os passageiros e a encaminhar os feridos.
A secretária parlamentar
Alessandra Nery, 35 anos, estava na parada de ônibus a 100 metros do
local quanto aconteceu a batida. "Fomos tirando os meninos do
ônibus e colocando na calçada, acalmando, dando água. Eles estavam
em pânico, choravam muito, uma loucura", disse.
O motorista do ônibus urbano,
Valdemiro Bezerra de Sousa, afirmou que diminuiu a velocidade do
veículo para dar espaço a um carro que saía do acostamento e que
por isso acabou levando a batida por trás. Segundo ele, o outro
ônibus escolar estava em alta velocidade.
Testemunhas do acidente que
preferiram não se identificar afirmam que o ônibus da frente freou
bruscamente, e o escolar, que vinha em velocidade normal, não teve
espaço para parar e evitar o choque.
Fonte: G1
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