Uma queimada sob fios de alta
tensão atingiu a Floresta Nacional de Brasília, na altura da Cidade
do Automóvel, na tarde desta segunda-feira (1). Para conter as
chamas, o Corpo de Bombeiros acionou seis equipes com dez pessoas
cada, um helicóptero, um avião de combate a chamas e seis
caminhões-pipa – cinco da Novacap e um do Exército.
Segundo o sargento Jerri
Guimarães, o objetivo era não deixar o fogo atingir nem a Floresta
Nacional nem a rede de alta tensão do local. “Como a vegetação é
baixa, não tem risco, por enquanto, de [o fogo] atingir os cabos
elétricos. Ou pelo menos não danificar”, afirmou Guimarães, às
16h
O helicóptero usado no controle
do incêndio tem capacidade para transportar mil litros de água; o
avião, até três mil litros. Por volta das 16h30, os bombeiros
anunciaram ter conseguido controlar o fogo, mas não havia uma
estimativa da área queimada.
Guimarães disse que ainda é
preciso vigiar a área por mais um tempo. “É o período de
rescaldo, que vai de quatro a seis horas, para ter certeza de que o
incêndio acabou”, afirmou.
De acordo com o sargento Antônio
Marcos Soares, é difícil avaliar se o incêndio é natural ou
provocado. “Nesta época de seca, não há como saber se [o fogo] é
criminoso ou não”, disse ao G1.
Queimadas em área de cerrado por
onde passam fios de alta tensão já provocaram pelo menos dois
apagões em Brasília. Em setembro de 2010, um incêndio no Parque
Nacional deixou sem luz os prédios da Esplanada dos Ministérios, o
Supremo Tribunal Federal (STF), embaixadas e o Palácio do Planalto.
Em outubro de 2012, outra
queimada afetou linhas de transmissão entre as subestações
Samambaia e Brasília Norte, que fica no Setor Militar Urbano. A
falta de energia atingiu 70% do Distrito Federal – o equivalente a
560 mil consumidores, segundo a CEB – e provocou a paralisação
do metrô e congestionamentos no trânsito, suspendeu serviços
públicos e deixou parte da Esplanada dos Ministérios sem energia.
Investigação feita pelo
Tribunal de Contas da União (TCU) em uma amostra de 46 apagões
registrados no país entre 2005 e 2012 aponta que um terço deles foi
causado por fenômenos naturais, como ventos e raios, ou então por
queimadas e vegetação alta que atingem as redes de transmissão de
energia.
Como causas secundárias, em 63%
dos casos, são apontadas falhas em equipamentos de proteção do
Sistema Interligado Nacional (SIN), que é a rede de alta tensão que
conecta todo o país e permite a troca de energia entre as regiões.
FONTE: G1
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