As altas temperaturas e as
queimadas podem levar para casa visitantes inesperados. Nesta época,
as cobras e serpentes tendem a sair das áreas de cerrado e, não
raro, encontram refresco e abrigo em terrenos residenciais nas
imediações. O caso mais recente é o de uma sucuri de quase 5m
encontrada em uma fazenda a 20km de Luziânia. O animal foi
descoberto, no domingo passado, porque estava devorando as criações
de galinhas e porcos da propriedade. A serpente foi resgatada por uma
equipe do Corpo de Bombeiros e deve ser devolvida ao mato em breve.
No entanto, há situações em que a captura por moradores resulta em
agressões que prejudicam o retorno do bicho à natureza.
A sucuri é a espécie mais
extensa em todo o território brasileiro e pode chegar a medir 10m de
comprimento e 30cm de diâmetro. Embora muito comum no cerrado, ela
pode ser encontrada em toda a América do Sul. A preferência dela é
por áreas próximas a cursos d’água. Em Luziânia, o tamanho da
cobra foi o que surpreendeu os militares que a resgataram. “Foi a
primeira vez que pegamos uma cobra desse porte”, comentou o
sargento Naves, há 13 anos no Corpo de Bombeiros do município. A
serpente foi encaminhada ao Centro de Triagem de Animais Silvestres,
onde será examinada e, então, devolvida ao hábitat.
Além da sucuri, as jiboias, as
cascaveis, as cobras-corais — verdadeiras e falsas —, as cipós e
as jararacas são as mais comuns no Distrito Federal. Somente neste
ano, o Zoológico de Brasília recebeu 16 cascaveis e 25 jiboias, de
acordo com estimativa de Alberto Farias, responsável pelo
serpentário da unidade. “Os bichos que chegam aqui vêm a pedido
do Ibama. Nós não fazemos mais a captura deles. Nosso papel é o de
atender à educação ambiental, à pesquisa e à conservação das
espécies”, detalha.
É comum que o Zoo abrigue
animais que sofreram agressões sérias e, por isso, não têm
condições de retornar à vida silvestre, segundo Farias. “Então,
nossa tarefa é mantê-lo em condições as mais próximas possíveis
do ambiente natural”, conta. No local, há 19 tipos de répteis,
que recebem também atendimento clínico, quando necessário. Para
evitar danos aos bichos, o especialista recomenda o acionamento de
equipes da Polícia Ambiental ou do Ibama para recolhê-los.
O que fazer
Veja abaixo quais medidas adotar
caso uma cobra entre em casa
* Ligar para o Batalhão de
Polícia Militar Ambiental (BPMA), por meio do número (61) 3910-1965
ou para a Linha Verde do Ibama, pelo 0800-61-8080
* Desviar o percurso ou evitar
estar no mesmo ambiente que a cobra
* Se necessário imobilizá-la
com a utilização de instrumento em formato de gancho ou forquilha;
* Não bater ou matar o animal
Fonte: Correio Braziliense
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