A cada mês, 1,5 mil litros de leite são coletados pelos 12 bancos
da Secretaria de Saúde do DF para atender, em média, 900 crianças.
Apesar da grande ajuda das doadoras, esse total não é suficiente
para suprir a demanda. “O DF tem alguns diferenciais em relação
aos demais estados. Além de atendermos às cidades do Entorno, nós
suprimos as necessidades de todas as crianças que estão nas UTIs
neonatais da nossa rede, independentemente de serem prematuras ou
não. Isso não acontece em lugar algum do País e, por isso,
precisamos dobrar nossa arrecadação”, explica a coordenadora do
Banco de Leite do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib),
Miriam Santos.
Em julho, cerca de 1,8 mil litros foram doados, o que ampliou para
1.123 o número de crianças atendidas. "A nossa preocupação
aumenta no fim de ano. Muitas mães doadoras saem de férias e
viajam. Nossos estoques baixam bastante e a gente começa o ano quase
que no vermelho", lamenta Miriam, salientando que o leite, após
pasteurizado, tem vida útil de seis meses.
Parceria
Para as mães interessadas em doar, a Secretaria de Saúde tem
parceria com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF). Ao
ligar no Disque 160, opção 4, a doadora faz um breve cadastro e,
dias depois, uma equipe militares vai ao domicílio levar o material
e agendar o retorno para buscar os frascos com leite.
O CBMDF realiza a coleta para 12 bancos de leite e conta com 24
bombeiros e 10 viaturas para realizar o serviço. Além de buscar as
doações, os militares atendem emergências demandadas pelos bancos
de leite; orientam as doadoras sobre os procedimentos de
higienização, ordenha manual e congelamento do leite humano;
instruem quanto à prevenção de doenças mamárias; sensibilizam as
mães sobre a importância do aleitamento materno; e orientam sobre a
nutrição dos seus filhos.
Atualmente, o Distrito Federal conta com 15 bancos de leite humano,
12 públicos (Forças Armadas, Asa Norte, Asa Sul, Brazlândia,
Ceilândia, Gama, Planaltina, Paranoá, Sobradinho, Santa Maria,
Taguatinga, no Hospital Universitário de Brasília) e três
privados.
Fonte: Correio Braziliense
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