O Corpo de Bombeiros Militar do
Distrito Federal já se prepara para enfrentar os meses de estiagem e
baixa umidade da cidade, quando aumentam as ocorrências de incêndios
em áreas florestais de Brasília. Nesta segunda-feira (4), militares
do Grupamento de Proteção Ambiental receberam orientações de como
embarcar e desembarcar do helicóptero durante as ocorrências de
queimadas. A ação faz parte da segunda fase da operação Verde
Vivo, lançada em março, que visa minimizar os danos causados pelo
fogo ao meio ambiente.
Essa capacitação é feita todos
os anos. Além de lidar com operações em que são utilizadas
aeronaves, os militares aprenderam a usar os equipamentos em terra,
como abafadores de chamas, bombas de água, enxadas e rastelos. Na
próxima semana, os condutores das viaturas também receberão aulas
práticas do tema.
O comandante de Combate
Florestal, tenente Clayton Pereira, esclareceu que, apesar do
reforço, o grupamento sempre está preparado para atender a esse
tipo de ocorrência. “Há duas semanas, por exemplo, combatemos o
maior incêndio do ano. O fogo atingiu uma área de 15 hectares na
área do Mangueiral, em São Sebastião. Por isso, começamos o
treinamento bem antes da época crítica, com o objetivo de nos
prepararmos melhor e estarmos prontos para este tipo de situação.”
Verde Vivo
A operação Verde Vivo é
promovida desde 2003 com o objetivo de otimizar o emprego de recursos
humanos e materiais, de acordo com o aumento progressivo de
ocorrências de incêndios florestais ao longo do período de seca,
entre os meses de julho e setembro. Ela é dividida em fases, que vão
desde as atividades de instrução para os bombeiros, a realização
de campanhas educacionais e ações preventivas, até as ações de
combate aos incêndios.
Na primeira, os militares passam
por cursos de preparação para enfrentar os meses de estiagem. Nesse
período, além de aprender a confeccionar abafadores — feitos de
borracha e que servem para combater os focos —, eles visitam
escolas e núcleos rurais, ministrando palestras sobre a importância
desse tipo de ação e dos seus devidos cuidados.
Parques
Nas demais fases, as ações
práticas são intensificadas. “Desde março, o Grupamento de
Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros vem realizando os
levantamentos das áreas de reserva e conservação ambiental. Já
fizemos o planejamento estratégico do parque de Planaltina, da
Floresta Nacional, estamos iniciando os trabalhos no Parque Nacional
de Brasília, e ainda falta, entre outros, o Jardim Botânico”,
ressalta o comandante.
De acordo com a corporação, em
2014 foram mapeados 7.414 hectares queimados em Brasília. No ano
anterior, as áreas atingidas pelas queimadas totalizaram 7.924
hectares, uma redução de 6,44%.
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