Como atividade de uma colônia de
férias, um grupo de crianças de Brasília subiu a uma altura de 52
metros – equivalente a um prédio de 17 andares – nas escadas de
um caminhão do Corpo de Bombeiros. Ao todo, 76 crianças de 3 a 12
anos conheceram a rotina da corporação no Distrito Federal durante
uma tarde.
É a segunda vez que a colônia
de férias leva crianças até os bombeiros. A coordenadora do
projeto, Monique Alves, afirma que os pequenos ficam "eufóricos"
com o passeio. “Não é só diversão. Temos também o lado de
prevenção. Além de divertir, é importante educar”, disse
Monique, antes de uma apresentação mostrando a atuação dos
bombeiros no caso de um botijão de gás pegando fogo.
Para os bombeiros, foi também
uma oportunidade de mostrar os bastidores do trabalho. “As crianças
conhecem nosso trabalho por filme, mas não na prática. Num momento
de socorro, elas vão saber como se portar”, disse o sargento
Alisson Oliveira.
“Tem que ter muita coragem para
ser bombeiro. Uma das coisas que aprendi aqui é que não pode usar
capacete quando você está dentro do caminhão porque senão você
se machuca”, cita a estudante Maria Luiza MacDoweel, de 11 anos,
questionada sobre o que aprendeu.
A visita dos jovens quebrou a
rotina agitada dos bombeiros do grupamento militar do Sudoeste. Em
todo o ano passado, a corporação atendeu 3,9 mil ocorrências de
focos de incêndio. Neste ano, o Inmet estima um número maior de
incêndios florestais devido às mudanças climáticas provocadas
pelo El Niño, fenômeno associado ao aquecimento das águas do
Pacífico.
“Quando tem serviço, é sempre
algo sinistro. Hoje é só diversão”, afirma o soldado Leonardo
Correia. Ao lado dele, ao volante do caminhão avermelhado usado para
apagar o fogo, o garoto de 10 anos Tiago Imbuzeiro se empolga: “Agora
eu decidi que quero virar bombeiro”.
“Existe um fascínio em torno
da nossa profissão. Para a gente, ouvir que uma criança quer fazer
parte do Corpo de Bombeiros quando crescer, isso é sensacional”,
conta o tenente Mário Dias.
Ocupação nas férias
Criada por uma academia do
Sudoeste, a colônia de férias surgiu como uma forma de ocupar os
filhos dos clientes enquanto os pais ainda trabalham, das 13h30 às
18h. “É muito melhor vir para cá do que ficar em casa jogando
videogame”, conta a menina de 8 anos Manuela de Castro.
Fonte: G1
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