Um corpo carbonizado foi encontrado próximo a um carro após um
incêndio que atingiu a garagem de um prédio residencial na QE 38 no
Guará 2, no Distrito Federal, na madrugada desta quarta-feira (8).
Segundo o Corpo de Bombeiros, 11 pessoas foram levadas para o
hospital com intoxicação por causa da fumaça e algumas por estarem
muito nervosas. O edifício foi interditado.
Até as 7h30, os bombeiros não sabiam informar se o corpo era de um
morador do prédio. No entanto, pessoas que moram no local deram
falta de um morador e acreditam que o corpo seja dele. A perícia da
Polícia Civil foi acionada.
Os bombeiros e o Samu foram chamados por volta das 3h50. Moradores
relataram terem ouvido explosões na garagem do prédio. O fogo teria
começado na garagem, mas muita fumaça se espalhou pelo edifício.
Alguns moradores tiveram que ser retirados pelas janelas dos
apartamentos por escadas.
O tenente-coronel Mauro Kaiser afirmou que por causa da grande
quantidade de fumaça, a descida dos moradores foi dificultada e os
bombeiros resolveram usar equipamentos para a retirada das vítimas.
O tenente Gildomar Alves disse que o foco do incêndio foi em dois
carros que estavam estacionados na garagem. Um deles foi
completamente queimado.
Por volta das 7h10, os bombeiros e a Defesa Civil faziam perícia no
prédio para avaliar se o incêndio atingiu a estrutura do edifício.
O edifício tem 70 moradores e 36 apartamentos. Segundo a corporação,
dez viaturas foram usadas para combater o incêndio.
O estudante Cristian Alejandro afirmou que um dos carros queimados
pertence a um ex-síndico do prédio que, segundo ele, tem
desentendimento com a maior parte dos moradores. O G1 não conseguiu
contato com o ex-síndico citado pelo morador. A Polícia Civil não
confirmou se um dos carros queimados pertencia a ele.
“Ele sempre dá problemas e é motivo de discórdia aqui. É a
terceira vez que tentam tacar fogo no carro dele.” Alejandro
relatou ter sido pego de surpresa com o incêndio enquanto estava
dormindo. “A minha mãe me acordou de madrugada desesperada”,
disse.
Outro morador do edifício, o vendedor Jackson Mendes também afirmou
que o ex-síndico tem fama de brigão. “Sempre é nas coisas dele,
no carro dele”, disse. Ele disse que foi alertado pelo animal de
estimação quando o fogo começou a se espalhar.
“Meu cachorro latiu bastante e quando levantei para ver o que tinha
acontecido, já tinha tudo queimado”, afirmou Mendes. “Se
pudesse, eu queria voltar para o meu apartamento. Isso se achar
alguém para consertar a porta: os bombeiros arrombaram todas para
verificar se não havia mais ninguém.”
O tradutor Roberto Dimmy contou que essa foi a segunda vez que
moradores precisam deixar o prédio por causa de incêndios em dois
anos. Ele disse que reagiu rápido ao incêndio. “Minha lanterna
foi a única coisa que peguei. Deixei tudo lá, inclusive
documentos”, afirmou.
Segundo o Corpo de Bombeiros, 36 profissionais foram necessários
para ajudar a apagar o fogo. Somente após o rescaldo do incêndio,
que durou cerca de 40 minutos, foi possível perceber o corpo
carbonizado. Até as 9h30, a Polícia Civil fazia a perícia no
local.
A Defesa Civil atestou que não houve danos à estrutura do edifício,
mas o Corpo de Bombeiros não havia liberado o prédio até o mesmo
horário para investigar as causas do incêndio.
Fonte: G1
Fonte: G1
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