Incêndios
florestais que atingiram o Distrito Federal em janeiro e 1° de setembro consumiram 6.285 mil hectares de terras, o
equivalente a 18,9% da área total de Belo Horizonte, capital de
Minas Gerais, que possui 33,1 mil hectares.
O
valor também corresponde a 14,7% da área total do Parque Nacional
de Brasília,
que possui 42,3 mil hectares. Ao todo, o DF teve 2.661 incêndios
florestais durante o período, segundo o Corpo de Bombeiros.
De
acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o período
de seca vai de maio a setembro, mas a situação tende a ser mais
preocupante entre junho e agosto, quando quase não há registros de
chuva. Nesta segunda (7), após 101 dias, foram registrados pontos
isolados de chuva nas Asa Norte, Asa Sul, Sudoeste, Sobradinho e
Planaltina.
Na
última semana, o DF registrou temperaturas recordes e a Defesa Civil
chegou a declarar estado de alerta quando a umidade relativa do ar
chegou a 17%. A situação ocorre quando a umidade é inferior a 20%
em um período de três dias.
Com
a atmosfera muito seca, a tendência é que haja aumento
significativo de incêndios florestais por conta da facilidade de
propagação do fogo. Em agosto, o DF teve uma média de 49
incêndios, segundo os bombeiros. O número de ocorrências é
crescente desde abril, quando foram registrados dez incêndios. Foram
53 focos em maio, 170 em junho, 856 em julho e 1.521 em agosto, em um
total de 2.611 até agosto.
O
Inmet estima que o número de focos de incêndios entre agosto e
setembro deve aumentar em relação a 2014. No ano passado, foram
registradas 3,9 mil ocorrências do tipo. Segundo o departamento de
previsões do instituto, o motivo é o fenômeno meteorológico El
Niño — confirmado em maio, após cinco anos sem ser observado.
Causado
pelo aquecimento anormal das águas tropicais do Oceano Pacífico,
ele é capaz de mudar padrões do vento e regimes de chuva ao redor
do globo.
Na
semana passada, um incêndio de grandes proporções atingiu uma área
da Marinha no DF que consumiu 2.718 hectares de mata, segundo o Corpo
de Bombeiros.
Às
margens do Complexo Penitenciário da Papuda, um estande de tiro
também foi atingido por chamas. Segundo o Corpo de Bombeiros, a
estrutura queimada era construída com pneus velhos, que geraram uma
fumaça preta e tóxica durante a combustão. Os militares foram
acionados para dois atendimentos médicos no setor Jardins
Mangueiral, próximo ao presídio, mas os casos eram de baixa
gravidade.
De
acordo como tenente-coronel Glauber De La Fuence, do Corpo de
Bombeiros, a corporação tem atuado de forma mais eficiente do que
no ano anterior. Segundo ele, 300 bombeiros estão a postos
exclusivamente para o combate de incêndio.
A
corporação tem 16 carros-tanques, cinco carros de ação rápida,
dois helicópteros e aviões. “A gente mudou a estratégia, que tem
permido um atendimento mais rápido. Algumas deficiências foram
corrigidas. Por exemplo, aumentamos o número de oficiais que
trabalham no gerenciamento e na parte estratégica.”
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