Por Radar Condomínios
Não
está sendo fácil para que o governador Rodrigo Rollemberg nomeie o
novo secretário de Segurança Pública e Paz Social, em substituição
ao sociólogo Arthur Trindade que pediu demissão, e em seguida
exonerar o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Florisvaldo
César que por hora se mantém no cargo.
Na
reunião deste domingo (8), o governador chegou a cogitar na
exportação de alguém de Pernambuco, ligado ao governo do PSB, mas
descartou a ideia. O perfil do novo secretário de Segurança
Publica, segundo a discussão feita entre o governador e o secretario
da Casa Civil, Sérgio Sampaio é alguém que teria que ter liderança
sobre o comando da Policia Militar e da Policia Civil e demais órgãos
de Segurança.
As
informações de bastidores, desde sexta-feira (06) alguns nomes têm
sido consultados pelo próprio governador, mas sem êxito já que até
agora os convidados se recusaram a desempenhar o papel de “rainha
da Inglaterra”, sem poder executivo e sem poder de decisão e
autoridade hierárquica sobre os seus comandados.
As
recusas tem se baseado no episodio ocorrido com o ex-secretário
Arthur Trindade e o ainda comandante geral da PM, Coronel Florisvaldo
César por causa da ação policial contra um grupo de professores
grevistas que bloqueavam com piquetes as saídas dos Eixos Sul e
Norte.
Arthur
Trindade ao deixar o governo, disse em sua carta que nunca foi
informando pelo comando da PM sobre o planejamento operacional da
corporação e que a PM agia com autonomia própria se recusando a
passar pelo crivo do secretário de Segurança.
O
governador se tornou refém de uma situação desde o momento que não
tomou as providencias de exonerar de imediato os dois, ou seja, o
secretario de Segurança e o comandante geral da PM diante do caso
que envolveu professores grevistas que ele, Rollemberg, chegou a
classificar como “grave”.
Rollemberg
não mostrou força suficiente para impor sua autoridade quando
recuou da decisão tomada de demitir o coronel Florisvaldo César.
Agora está colhendo dificuldades de encontrar alguém para assumir a
pasta da Segurança Pública.
Se
conseguir um nome para a pasta, a situação obriga ainda o
governador a demitir o comando da PM para deixar o novo secretario
livre e com autonomia de escolher seus próprios comandados.
Na
visão de alguns analistas da política de segurança publica do
Distrito Federal a situação não é nada confortável ao governador
que saiu enfraquecido com a saída do de Arthur Trindade e com a
manutenção do comandante geral da PM. O cientista político
Antônio Flávio Testa, professor da Universidade de Brasília e
especialista em Segurança Pública, durante uma entrevista a CBN na
semana passada, afirmou que a Policia Militar não pode estar acima
do governo.
“O
governador deveria sim, convocar as lideranças da PM, da Policia
Civil, do Detran e da Policia Rodoviária e chegar a um consenso e
definir as autoridades, definir que realmente está no comando. Com
base na legislação e naquilo que a população deu a ele que é o
voto, direito de estabelecer uma regra hierarquicamente a ser
cumprida e isso é possível sim. O que há é o risco de ele ficar
refém da Polícia Militar, como aconteceu no passado, várias
mudanças de comando da PM e houve a operação tartaruga, que causou
mal-estar enorme na população brasiliense”, avaliou Flávio
Testa.
Da
Redação Radar
0 Comentários
Obrigado pela sugestão.