A
fatura foi cobrada pelo governo federal e o governador Rodrigo
Rollemberg (PSB) teve que assinar a “carta da legalidade” em
apoio a presidente Dilma Rousseff (PT), ameaçada pelo processo de
impeachment aberto na Câmara dos Deputados. O representante do DF
foi um dos 16 governadores a se manifestarem contra a saída de Dilma
da Presidência da República.
A
divulgação
da carta dos governadores a Dilma ocorre uma semana após o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autorizar a abertura
do processo de afastamento e um dia depois de o vice-presidente da
República, Michel Temer, enviar uma carta a ela na qual diz que a
petista não confia nele nem no PMDB, partido do qual ele é
presidente.
“Entendemos
que o mecanismo de impeachment, previsto no nosso ordenamento
jurídico, é um recurso de extrema gravidade que só deve ser
empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos
praticados dolosamente pelo chefe de governo que atentem contra a
Constituição”, diz a carta.
“O
processo de impeachment, aberto na última quarta-feira, 02/12,
carece desta fundamentação. Não está configurado qualquer ato da
Presidenta da República que possa ser tipificado como crime de
responsabilidade”, acrescentam os governadores no documento.
A
carta é assinada pelos governadores do Acre, Alagoas, Amapá, Bahia,
Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba,
Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Roraima,
Santa Catarina e Sergipe.
Nesta
terça, Dilma se reuniu, por cerca de uma hora e meia, com
governadores para discutir o processo de impeachment. O encontro já
havia sido anunciado na semana passada pelo ministro da Casa Civil,
Jaques Wagner. Segundo ele, ocorreria como parte da estratégia do
governo de se preparar “para o embate que está começando”.
Mais
cedo, Wagner, um dos principais conselheiros políticos da presidente
Dilma, ofereceu almoço, no Palácio do Planalto, aos governadores
dos nove estados do Nordeste. Ele comanda um grupo interministerial
para, segundo ele, acompanhar “cotidianamente” os desdobramentos
da abertura do processo de impeachment de Dilma na Câmara.
Postado
por Radar Condomínio
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