Nesta sexta-feira (22), o coronel
do Corpo de Bombeiros Sérgio Bezerra, da Subsecretaria de Proteção
e Defesa Civil, da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social,
percorreu duas das cinco áreas afetadas pelas fortes chuvas da
semana.
Durante a visita técnica de
monitoramento, ele avaliou as condições estruturais do solo por
onde a água passou. Enquanto isso, a comunidade começou a voltar
com os pertences para reocupar as casas invadidas pela correnteza.
Ana Cláudia Feliz, de 35 anos,
mora na Vila Cauhy, no Núcleo Bandeirante, desde que nasceu. Ela
perdeu roupas, colchões e cobertores durante a enchente. Na casa
dela é possível até ver a marca da água a 1 metro de altura.
"Depois do susto, agora resta ver o que foi possível salvar e
recomeçar”, afirmou, ao comemorar o fato de não ter perdido
qualquer eletrodoméstico.
Controle
de riscos
Durante o percurso, o responsável
pela subsecretaria avaliou o risco de erosão e ainda as
possibilidades de queda de barrancos e de deslizamento de terra. "Na
Vila Cauhy e em Sobradinho II não há alteração significativa",
informou o coronel, que esteve nos dois locais, enquanto outros 30
agentes fiscalizavam as outras áreas mais atingidas: São Sebastião
II, Estrutural e Fercal. Segundo o militar, existe também
monitoramento por radar das condições climáticas e do deslocamento
das nuvens.
Sessenta famílias deixaram suas
casas após as fortes chuvas de terça-feira (19) na Vila Cauhy, mas
começaram a voltar gradativamente no dia seguinte. Na quarta-feira,
no Morro Azul, em São Sebastião, cinco casas foram interditadas por
causa de avarias na estrutura. No mesmo dia, em Sobradinho II, um
prédio de dois pavimentos apresentou rachaduras em diversos pontos e
precisou ser interditado. A Fercal foi afetada por deslizamento de
terra, mas sem vítimas envolvidas. Em todos os casos, as pessoas
foram para casa de parentes e amigos e não pediram auxílio da
assistência social do governo.
Apesar dos estragos, o coronel
afirmou que a Defesa Civil está preparada para agir nesse tipo de
situação. Equipes continuarão a monitorar 36 áreas consideradas
de risco em todo o DF durante o período chuvoso, até provavelmente
o fim de março.
Em setembro de 2015, a
subsecretaria promoveu três reuniões: com as administrações de
regiões com áreas de risco; com secretarias e órgãos públicos
relacionados à segurança e à prestação de serviços públicos; e
com a Casa Civil. Segundo Bezerra, os encontros deram suporte para a
elaboração de ações de enfrentamento, como retirada das pessoas e
instalação de postos de comando para distribuição de mantimentos
e colchões.
Barragem
Em virtude do grande volume de
água, a Companhia Energética de Brasília (CEB) precisou abrir, na
noite de quinta-feira (21), as três comportas da barragem do Lago
Paranoá a uma altura de 15 centímetros. De acordo com a CEB, o
reservatório se aproximou do limite máximo de 1.000,8 metros acima
do nível do mar, estabelecido pela Agência Reguladora de Águas,
Energia e Saneamento.
Segundo o diretor da CEB Geração,
José Henrique Vilela, a medida está prevista para seguir até o fim
desta sexta-feira e tem o objetivo de evitar o transbordamento do
lago. A abertura proporciona uma vazão para o Rio São Bartolomeu de
23 metros cúbicos por segundo.
Fonte: Agência Brasília
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