A
política realmente é uma caixinha de surpresas, ou
seja, é imprevisível.
E em Brasília, assim como no resto do país, não poderia ser
diferente.
Pela
primeira vez na história política do Brasil e da capital federal
dois Policiais
Militares
comandarão
ações de um Partido Político Regional.
De
um lado o Deputado Federal Alberto Fraga, coronel da reserva da
Polícia Militar do DF, Presidente do Democratas-DF e um dos mais
votados no país a uma eleição federal com mais de 155 mil votos.
Do outro, o Tenente Poliglota, oficial oriundo da praça também na
reserva da PMDF, Vice-presidente do Democratas-DF, que em números
proporcionais dentro da instituição foi o candidato a Deputado
Distrital mais votado e o maior do partido Democratas-DF.
“Somos
hoje o segundo maior partido em filiações dentro do Distrito
Federal e ao longo dos próximos 3 anos vamos intensificar as
filiações para alcançarmos o primeiro lugar. Nomes de peso do
cenário político da capital já estão alinhados com a nova
filosofia a ser implantada pelo Democratas e com certeza vamos vir
com muita força em 2018”,
disse Fraga.
No
momento em que as
instituições
não dispõe de uma representação efetiva,
esses dois podem ser a
esperança da tropa na
defesa de seus interesses. Fraga, por ser Deputado Federal e com um
excelente trânsito no Congresso Nacional credenciado pelos seus
quatro mandatos pode vir a contribuir, e muito, com os anseios da
classe. Ao Tenente Poliglota caberia a interlocução entre os
pleitos locais com o âmbito federal e o mediador no governo local.
Uma reunião no Palácio do Buriti dia 16 de dezembro passado foi o
termômetro dessa convivência harmoniosa.
Mas
a questão não é tão simples assim. Hoje as instituições
militares de Brasília, tanto a Polícia Militar como o Corpo de
Bombeiros Militar, estão absolutamente divididas quando o assunto é
política. As últimas representações escolhidas pelos militares
não atenderam as expectativas das classes e o resultado foi o
descrédito nos futuros políticos candidatos a representá-los. Na
visão da grande maioria o pensamento egoísta e a falta de
comprometimento são os maiores obstáculos a serem ultrapassados.
O
momento delicado porque passam as corporações pode ser fator
determinante para que novas avaliações sejam feitas em relação a
necessidade de mudanças comportamentais em relação à política.
Policiais e bombeiros estão extremamente revoltados com a falta de
incentivo à carreira, principalmente após a negativa do governador
do DF, Rodrigo Rollemberg,
de decidir por não reduzir os interstícios das classes para as
promoções de dezembro passado e não ter apresentado ainda um Plano
de Carreira conforme prometera em campanha. Foram mais de 1500
militares que não tiveram suas carreiras valorizadas, já que em
agosto passado isso já deveria ter ocorrido e também não foi
executado.
A
verdade é que hoje não existem muitas opções se o entendimento
for de que as classes precisam de representação, de voz, seja no
âmbito local ou federal. Muitos são os parlamentares distritais que
estão de garras prontas para abocanharem essa parcela de servidores
que podem, facilmente, se traduzir em mais de 200 mil votos em
qualquer eleição. No entanto, levam a desvantagem de não
conhecerem os meandros das casernas, sua legislação e regulamentos
e isso é fator preponderante para qualquer um que se disponha a
representá-los.
O
blog ouviu alguns integrantes das corporações e percebeu que, mesmo
divididos, clamam e precisam de apoio político na busca de seus
interesses. Tanto Fraga como Poliglota têm um discurso semelhante,
porém a diplomacia os tem obrigado a lidar com a atual situação
com muita cautela, mesmo sendo de um partido de oposição. Na
política, como se costuma dizer, não há inimigos, mas adversários.
É na busca do diálogo respeitoso que se contornam as divergências
de pensamentos, atos e ações.
Alguns
dos comentários colhidos pelo blog:
“O
Deputado Fraga hoje é a única voz na qual podemos contar. Seu
passado político e sua experiência pode nos ajudar muito, além de
seu bom relacionamento no Congresso Nacional”
“Poliglota
é um político novo e com muito ainda a aprender e a oferecer ao seu
eleitorado e à Brasília. A diferença dele para o deputado Fraga é
que mesmo com mais experiência do Fraga, enquanto um bate o outro
assopra com a diplomacia, mas ambos com as respostas na ponta da
língua”.
“Os
dois podem fazer muito por nós. Precisamos esquecer os ranços do
passado e lembrarmos de que o momento atual exige mudanças e
reconhecimento das tropas.”
“Se
o Fraga e o Poliglota forem honestos com a gente não há dúvidas de
que seremos capazes de colocá-los em grandes cargos em Brasília.”
Portanto,
o momento é raro e de extrema necessidade em haver união das
classes, não importando a diferenciação entre Postos e Graduações.
O interesse coletivo deve ser colocado como prioridade. As
corporações precisam de voz e articulações políticas. E nesse
momento os nomes mais indicados para isso são os de Fraga e
Poliglota, os primeiros Policiais Militares a comandarem um Partido
Político Regional em todo Brasil e com grande poder de articulação
política.
É
saber aproveitar o momento político, pois ele vem e passa, como um
vento.
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