O quartel do Corpo de
Bombeiro Militar no Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA) foi mais uma
vítima das fortes chuvas que caem desde o início da semana no Distrito Federal.
O prédio foi invadido pela água e prejudicou o trabalho dos bombeiros.
Segundo o Instituto
Nacional de Meteorologia (Inmet), somente de terça (19) até hoje, choveu 107,1
milímetros no Distrito Federal. A média do acumulado para janeiro é de 247
milímetros, de acordo com a meteorologista Ingrid Peixoto. Ou seja, apenas
nesses três dias, já choveu 43% da média. Do início do mês até hoje, o
instituto registrou 258,2 milímetros — 5% a mais do total previsto para o mês.
A previsão é que, até o dia 31, chova de 50 a 125 milímetros.
No início da próxima
semana, o clima mudará um pouco, informa a meteorologista Ingrid. “Esperamos
que haja mais sol entre nuvens, por conta de uma massa de ar seco que está
vindo do sul, e diminua a ocorrência de tempo mais fechado.” O volume seco,
segundo ela, pode enfraquecer um pouco o fenômeno que passa pela capital
federal, conhecido como zona de convergência do Atlântico Sul — corredor de
umidade que vem da região amazônica, passa pelo Centro-Oeste e pelo Sudeste e
segue para o Atlântico. Mas a previsão ainda é de chuva, especialmente no fim
de tarde e à noite.
O governo de Brasília
presta auxílio a cinco regiões administrativas que sofreram abalos por conta
das chuvas na quarta (20) e nesta quinta-feira (21): Núcleo Bandeirante, São Sebastião,
Sobradinho II, Fercal e Gama.
Na Vila Cauhy, no
Núcleo Bandeirante, onde 60 famílias tiveram de deixar as casas por conta da
enchente na madrugada de terça (19) para quarta-feira, a Companhia de
Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) distribuiu água potável, e 200
cestas básicas foram doadas pela Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil, da
Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, e pela Secretaria-Adjunta de
Desenvolvimento Social, da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social,
Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.
Na quarta, com ajuda da
população da vila, a administração regional forneceu almoço e jantar, e hoje o
Serviço Social do Comércio ofereceu almoço. A Marinha do Brasil doou colchões
para as vítimas e a Companhia Energética de Brasília (CEB) coordenou o
desligamento e o religamento da energia nos locais afetados.
No mesmo dia, após
avaliação da Defesa Civil, os moradores voltaram às residências. De acordo com
o coordenador de Planejamento da subsecretaria, major do Corpo de Bombeiros
Militar Mário Henrique Furtado, não há rachaduras ou abalos nas estruturas. À
tarde, o governador Rodrigo Rollemberg visitou os desabrigados e escutou
reivindicações da comunidade.
Na noite de ontem (20),
no Morro Azul, em São Sebastião, nove casas apresentaram problemas estruturais.
Dessas, cinco foram interditadas. O prazo dado pela Defesa Civil para os
consertos é de uma semana. As famílias seguiram para residências de parentes e
amigos e não pediram auxílio da assistência social do governo. Também nessa
quarta à noite, um prédio de dois pavimentos em Sobradinho II foi interditado
devido a diversas rachaduras causadas pela movimentação do solo. Três famílias
que moravam no local foram retiradas e levadas para o edifício vizinho, do
mesmo proprietário. Segundo o major Furtado, a edificação só será liberada após
o reparo.
Na Fercal, houve
deslizamento de terra sem vítima. Uma árvore atingiu a rede elétrica, mas o
sistema já foi restaurado. Em Ponte Alta, no Gama, na madrugada de quarta (20),
dez casas foram alagadas. Com a redução do nível da água, não foi necessário
deslocar os moradores.
Fonte: Blog do Callado
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