Começou
nesta segunda-feira (15) e segue até sexta (19) a terceira fase de
ações dos governos federal e local para combater o mosquito Aedes Aegypti,
transmissor da dengue, das febres chikungunya e amarela e do zika
vírus. As Forças Armadas encaminharam 3.060 militares para visitar
casas e orientar a população do Distrito Federal. O Corpo de
Bombeiros atua com 100 praças e oficiais, e a Vigilância Ambiental,
da Secretaria de Saúde, com 700 agentes. O trabalho é feito
simultaneamente em seis regiões administrativas: Brazlândia, Gama,
Lago Norte, Lago Sul, Plano Piloto e São Sebastião.
Em
Brazlândia — onde a situação é mais preocupante —, sob o
comando do capitão do Exército Vinícius Albano, 85 militares foram
às quadras centrais nesta manhã (15), orientaram moradores e
verificaram possíveis focos do inseto. Em uma das casas, o
aposentado Orcione José de Lima, de 51 anos, teve dengue há cerca
de um mês, assim como a esposa. "Passei a verificar com mais
regularidade os locais de acúmulo de água, pois é uma infecção
que derruba a gente."
Oito
caminhões e uma pá mecânica da Companhia Urbanizadora da Nova
Capital do Brasil (Novacap) foram usados para a retirada de entulhos
em Brazlândia, que, em 2016, registrou 420 casos de dengue de um
total de 1.587 em todo o DF, de acordo com informações da Saúde.
O
representante dos Bombeiros para o enfrentamento ao vetor da dengue,
da chikungunya e do zika, major Omar Oliveira, percorreu as regiões
de Padre Bernardo (GO), no Entorno. "Vamos elaborar, na tarde de
hoje, um planejamento específico para essa área e, a partir da
manhã desta terça-feira, daremos prioridade a esse local. Muitos
casos notificados em Brazlândia são de moradores daqui",
explicou.
Unidade
de atenção
A
empregada doméstica Salustiana Pereira, de 37 anos, mora na cidade
goiana e sente, há quase uma semana, dores de cabeça e nas
articulações, febre e coceira. Ela esteve nesta manhã na unidade
de atenção à dengue em Brazlândia — tendas de apoio para o
diagnóstico da doença montadas na área externa do hospital
regional. "Alguns vizinhos meus estão doentes; achei melhor
vir", justificou.
Até
as 12 horas de hoje, 24 pessoas haviam sido atendidas na unidade.
Desses, dois casos foram confirmados como dengue. No domingo, foram
143 pacientes atendidos, com 48 constatações. No sábado (13),
houve 156 atendimentos, com 39 casos positivos. Na sexta-feira (12),
156 atendimentos originaram 60 confirmações. No dia anterior, 111
pessoas estiveram no local, e 55 diagnósticos foram positivos. A
quantidade inicial de leitos (10) foi ampliada para 15. A estrutura
funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas, com
possibilidade de ampliação para os fins de semana. Há capacidade
para 250 pacientes diariamente.
Fases
A
primeira fase do trabalho de combate ao Aedes aegypti consistiu
na preparação dos militares. A segunda ocorreu no sábado (13), Dia
Nacional de Mobilização para o Combate ao Aedes aegypti. Foram
destacados 220 mil funcionários das Forças Armadas para atuar em
350 municípios em todo o Brasil. Distribuíram-se mais de 4 milhões
de panfletos educativos. Ainda está programada uma fase final, com a
visitação a escolas, para conscientizar crianças e adolescentes.
Balanço
O
Dia Nacional de Mobilização para o Combate ao Aedes aegypti teve
saldo de 250.409 residências visitadas na capital do País e no
Entorno por militares do Corpo de Bombeiros, do Exército, da Marinha
e da Aeronáutica.
A
ação também contou com os agentes da Saúde, que estiveram em 2,7
mil casas. De acordo com o diretor de Vigilância Ambiental da pasta,
Divino Martins, os servidores atuaram em parceria com os militares na
eliminação de ambientes propícios à proliferação do mosquito e
distribuíram panfletos. A Subsecretaria de Proteção e Defesa
Civil, da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, ofereceu
um efetivo de 15 agentes, que passaram em 125 residências.
A
Agência de Fiscalização (Agefis) distribuiu 120 agentes em 60
equipes por todo o DF. De acordo com a Superintendência de
Fiscalização de Limpeza Urbana do órgão ocorreram 285 ações no
dia. Dessas, 10 autos de infração, 169 notificações, 67 pedidos
de remoção e 39 relatos de lotes vazios.
Segundo
a Agefis, quando constatado um aglomerado de entulho que possa
contribuir para a formação de criadouros, a agência identifica o
responsável e dá até cinco dias de prazo para o recolhimento do
material. Caso não seja cumprido, a multa aplicada pode variar de R$
74 a R$ 185 mil, dependendo da quantidade, do local de descarte e do
tipo de lixo.
Fonte:
Agência Brasília
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