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NOVA DIRETORIA DA CABE-PMDF ASSUME SOB RISCO DE SER DESTITUÍDA

Nesta segunda-feira (7), a nova diretoria da Caixa Beneficente dos Policiais Militares do Distrito Federal (CABE-PMDF) assume as cadeiras acompanhado os novos Conselhos Deliberativos e Fiscal para a administração da associação pelos próximos 4 anos.
Vencedora dos pleitos eleitorais em novembro do ano passado, a Chapa 2 CABE PARA TODOS, sob o comando da coronel da reserva Maria Costa, assume sob risco de ter que deixar a diretoria, já que dois processos transitam na Vigésima Terceira Vara Cívil sob os números 2015.01.1.141454-7, 2015.01.1.138452-0, objetos de irregularidades eleitorais ocorridas durante o dia de votação.
Relembre o caso – Em novembro de 2015 a Caixa Beneficente, CABE-PMDF, realizou os pleitos para a escolha da nova diretoria a assumir o quadriênio 2016-2019. Durante as eleições, foram denunciadas várias supostas irregularidades que teriam sido cometidas pela Chapa 2 CABE PARA TODOS, segundo constam nos processos que tramitam no TJDFT.
Dentre as irregularidades, todas filmadas, fotografadas e inseridas nos processos como instrumento de provas, atos que contrariam a Lei nº 9.504 de 30/09/97 (Lei Eleitoral) foram praticados por integrantes da Chapa 2, como a distribuição de alimentos, boca de urna, utilização de carro de som e a distribuição de bebidas alcoólicas.
Decisão
A juíza titular da 23ª Vara Cível responsável pela condução dos processos, Drª Carla Patrícia Frade Nogueira Lopes, recebeu uma petição oriunda da segunda colocada no certame, a Chapa COALIZÃO, cujo presidente é o também tenente coronel da reserva Giuliano Costa de Oliveira., onde solicitava liminar impedindo a posse da diretoria da Chapa 2 até o julgamento do mérito. Durante mais de 45 dias, segundo informações da Justiça, a presidente da Chapa 2 não conseguiu ser encontrada para receber intimação do oficial de justiça e tomasse conhecimento da decisão judicial no processo. A estratégia permitiu que a posse prevista para hoje pudesse acontecer.
Em seu despacho, a juíza indeferiu o pedido sob a justificativa de que até o trâmite final e o julgamento do mérito não há prejuízos à assunção da Chapa vencedora.
Porém, após o julgamento final e a depender da decisão, que pode ir de uma impugnação total da vencedora até a realização de novas eleições, a destituição da empossada é completamente viável.
O que diz o despacho (Grifo nosso):
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Vistos etc.
Quanto ao pedido do autor de fl. 113/114, aguarde-se formação do contraditório nos termos da decisão de fl. 72. Ressalto que caso haja a posse da segunda ré, não há óbice para sua destituição e realização de novas eleições em caso de deferimento do pedido antecipatório.
Diante do informado pelo patrono do primeiro réu (fl. 119), aguarde-se o retorno do mandado da segunda ré.
Brasília – DF, quinta-feira, 03/03/2016 às 17h29.
Dra Carla Patrícia Frade Nogueira Lopes – Juíza de Direito
Insatisfação e descrença dos associados
O blog ouviu vários associados em relação a essa celeuma que se arrasta por meses e as conversas não foram nada animadoras. A CABE-PMDF é uma das maiores associações de policiais da América Latina e o momento conturbado porque passa os seus associados, em sua maioria policiais da ativa, têm deixado todos preocupados.
Segundo alguns comentários de policiais associados ouvidos pelo blog, a Chapa vencedora foi financiada pelo Partido dos Trabalhadores e nas suas promessas de campanha se comprometeu a assumir a frente nas necessidades dos associados.
No entanto, desde dezembro passado a luta dos policiais associados (pelo menos 80% do efetivo atual da ativa) para que a redução do interstício fosse concretizada pelo governo e comando da corporação, proporcionando milhares de promoções, foi uma luta solitária e sem nenhuma manifestação da Chapa CABE PARA TODOS, assim como também a expectativa da votação e aprovação do PL 3123/2015 que retira dos policiais benefícios conquistados a ferro e fogo, como a proibição da venda de licenças especiais, férias acumuladas e ajuda de custo.
É consenso entre os associados que nesse momento, mesmo não havido a assunção da Chapa, pelo menos uma nota de desagravo deveria ter sido emitida pela diretoria eleita numa clara demonstração de preocupação e apoio às causas. “Como podemos confiar numa associação que se omite em auxiliar numa causa tão importante que causará danos irreversíveis às nossas famílias?”, disse um policial que é associado. “Confiar em pessoas com ligações a esse partido que destruiu nossa corporação é algo inadmissível”, informou outro policial.
Resta aguardar o desenrolar dos acontecimentos para ver em que pé chegarão as coisas. Um fato é certo: hoje os policiais e, consequentemente, aqueles que são associados a CABE-PMDF estão completamente carentes de representação e extremamente desmotivados. Muitos esperam que as eleições não tenham sido mais um golpe do PT e que a incredulidade ora presente possa se transformar em esperança para milhares de associados.
Fonte: Blog do Callado


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