Somente
em maio, 39 ocorrências de incêndio foram registradas pelo Corpo de
Bombeiros no Distrito Federal. O número é menor do que o do mesmo
período do ano passado, quando foram 53 casos ao longo de todo o
mês. “Neste ano, o clima está menos quente e a estiagem um pouco
mais amena”, compara o capitão do Corpo de Bombeiros, Gildomar
Alves da Silva.
Em
2016, foram 233 focos de incêndio no DF. Em todo o ano passado, os
bombeiros computaram 5.718 ocorrências, o equivalente a mais de 12
mil hectares de área.
Causas
O
fator humano, aliado ao clima seco de Brasília, ainda é apontado
como a principal causa dos incêndios no DF – guimbas de cigarro
mal apagadas e queimas propositais em áreas rurais para plantio
aparecem no topo da lista.
“Algumas
ações preventivas não são tomadas em posses rurais. Capinar bem o
lote para que o fogo não se estenda para outras propriedades é um
exemplo. Os incidentes crescem pela omissão dessas ações”,
destaca o capitão. O fogo atinge também áreas de conservação
ambiental, como o Parque Nacional de Brasília.
Crime
ambiental
Os
crimes ambientais estão descritos na Lei nº 9.605, de 1998. De
acordo com a legislação, provocar incêndio em mata ou floresta
resulta em reclusão de dois a quatro anos e multa. Se o crime é
considerado culposo – quando não há intenção – a pena é de
seis meses a um ano, além de multa.
“Aqueles
que ocorrem em beiras de rodovia são ao mais difíceis de se
encontrar culpado. Muitas vezes são pessoas que passam de carro e
jogam guimbas de cigarro na mata”, destaca o titular da Delegacia
do Meio Ambiente do Distrito Federal, delegado Ivan Dantas.
Prevenção
O
Corpo de Bombeiros é enfático ao recomendar a prevenção contra
incêndios: retirar de perto materiais que possam aumentar o fogo e
ligar imediatamente para o 193 (bombeiros).
O
combate da própria população é perigoso, já que é preciso ter
equipamento de proteção individual (EPI), como luvas, jaqueta,
botas, máscara, óculos de proteção e abafador — utensílio de
uso manual que tem cerca de 2,5 metros de cabo de madeira de
eucalipto, material resistente às queimadas.
Para
combater os incêndios florestais, o Corpo de Bombeiros conta com 24
caminhões específicos, cada um com capacidade para 4 mil litros de
água.
Operação
Verde Vivo
A
Operação Verde Vivo do Corpo de Bombeiros tem o objetivo de
apresentar à população medidas preventivas a incêndios. Dividida
em cinco fases, a operação ocorrerá até o fim do ano. A primeira
parte foi destinada à parte educativa, com palestras em escolas e
confecção de abafadores em áreas rurais.
Na
segunda e na terceira fase, que ocorrem em maio e julho, o foco é
intensificar a preparação dos militares para o combate a incêndios
e para a quarta fase — de 1º de agosto a 15 de outubro — em que
a estiagem é avançada. Na quinta e última etapa, de 16 de maio a
15 de novembro, o combate é reduzido devido ao período de chuvas.
Oficinas
Qualquer
cidadão que queira receber oficinas de mobilização e consciência
ambiental e de construção de materiais preventivos a incêndios do
Corpo de Bombeiros pode solicitar pelo telefone (61) 3907-2927, da
Seção de Ensino, Pesquisa, Ciência e Tecnologia do Grupamento de
Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito
Federal, ou nos grupamentos das regiões administrativas.
Fonte: Fato On Line
1 Comentários
Porque não há divulgação do resultado das perícias ocorridas? Os incêndios são criminosos ou por combustão espontânea? A gente só vê aumentar os incêndios, aumentar o trabalho altamente profissional dos nossos bombeiros, mas nenhuma punição. Obrigada
ResponderExcluirObrigado pela sugestão.