O Corpo de Bombeiros
Militar do Distrito Federal (CBMDF) realizou desde o início de 2015 nove
atividades de cooperação técnica internacional por meio de parceria com a
Organização dos Estados Americanos. Até 2017, seis países serão beneficiadas
(Colômbia, El Salvador, Equador, Guatemala, Nicarágua e República Dominicana),
com quatro encontros em cada um.
Na iniciativa, equipes
de diversas áreas do Corpo de Bombeiros são enviadas ao exterior para ensinar
às corporações internacionais técnicas utilizadas em Brasília. Os pedidos
chegam por missões diplomáticas dos locais, que, segundo o chefe da Assessoria
para Acordo de Cooperação do Corpo de Bombeiros do DF, major Fábio Moreira,
conhecem o trabalho dos militares por meio de ações nesses espaços. “Damos simulados
de evacuação e de combate a incêndio, por exemplo.”
O trabalho de
cooperação ocorre desde a década de 1980. A iniciativa não é custeada pelo DF,
mas pelo governo federal, por meio da Agência Brasileira de Cooperação, do
Ministério de Relações Exteriores.
A agência também foi a
responsável por fechar a parceria com a Organização dos Estados Americanos, no
valor aproximado de US$ 340 mil — sem contrapartida do país beneficiado. “Eles
normalmente solicitam, mas não têm condições de custear. A gente sente que
ajudar esses locais que mais precisam é necessário e gratificante”, conta o
chefe da assessoria. Cada uma das visitas dura geralmente, duas semanas. Os temas são varios e se ajustam às necessidades de cada lugar. A última foi de 1º a 14 de maio, na Colombia, sobre técnicas de combate a incêndio florestal. Foram deslocados quatro instrutores do grupamento de proteção Ambiental, aos profissionais colombianos as principais técnicas que conhecem.
“Temos um histórico de
apoio a estados brasileiros, o que nos traz uma doutrina que auxilia nesse tipo
de iniciativa”, relata o primeiro-tenente da corporação João Henrique Correia,
um dos instrutores na viagem. Ele explica que o auxílio ajuda a conhecer outras
realidades, diferentes da de Brasília. Militares do grupamento já foram a
locais como a Chapada Diamantina, na Bahia, e em matas de Roraima.
O próximo encontro será
na Guatemala, em 20 de junho. As aulas tratarão de técnica e metodologia de
ensino para capacitar instrutores. Em agosto, outro grupo de proteção ambiental
partirá para a Colômbia e passará novos métodos de combate a incêndio.
Metodologia
A primeira reunião da
cooperação técnica é sempre de prospecção. Uma equipe do Corpo de Bombeiros
Militar de Brasília e da Agência Brasileira de Cooperação vai até o país
beneficiado e faz o levantamento das características locais, como equipamentos
disponíveis e demandas operacionais para, então, montar o projeto das aulas. Os
dois encontros seguintes são de prática em si, quase sempre com assuntos
diferentes em cada um e preparados com base nas informações coletadas na
atividade inicial. A última visita serve para conclusão dos trabalhos.
Segundo o major Fábio
Moreira, depois do início do projeto houve uma grande procura de países
africanos pela corporação brasiliense. Para o chefe da Assessoria para Acordo
de Cooperação do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, isso demostra o quanto
a prática fortalece o reconhecimento do trabalho na capital. “Somos um polo
difusor de conhecimento.” De acordo com ele, em cursos de especialização
ministrados no DF há sempre vagas externas para atender a demandas de outras
unidades da Federação.
Organização dos Estados
Americanos
A Organização dos Estados Americanos foi fundada em 1948 para promover a solidariedade e intensificar a colaboração entre seus membros. O grupo reúne os 35 estados independentes das Américas.
A Organização dos Estados Americanos foi fundada em 1948 para promover a solidariedade e intensificar a colaboração entre seus membros. O grupo reúne os 35 estados independentes das Américas.
Fonte: Agência Brasília
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