Em
busca de inovar o ensino da matemática na escola, a professora do
Colégio Militar Dom Pedro II do Corpo de Bombeiros Militar Iracema
Dionísio propôs uma avaliação diferente por meio de uma revista
sobre a aplicabilidade do conteúdo no cotidiano social. Temas como
política, geometria, moda, gastronomia, história e arquitetura
foram abordados por um viés em que mostra como a matemática está
ao nosso redor a todo momento.
A
revista foi uma avaliação bimestral dos estudantes da 2ª série do
ensino médio, não só da disciplina de matemática, mas também de
redação. No total, foram oito publicações — uma por turma e com
enfoque específico, como o infinito, a política e o feminismo. Cada
classe se dividiu entre as tarefas de repórter, diagramador,
fotógrafo e editores. Todo o conteúdo foi produzido pelos próprios
estudantes. Além da produção, os estudantes tiveram que apresentar
o projeto, vender o produto para os professores como publicitários.
Para
o comandante do colégio, tenente-coronel Setúbal, o projeto é um
meio de desmitificar a ideia de que matemática é um conteúdo muito
difícil. “Dessa forma, você faz com que o bicho-papão não
pareça tão feio. Os alunos que têm dificuldade com matemática
passam a se aproximar da matéria e enxergá-la com mais alegria”,
afirma. Além disso, segundo ele, a ideia aproxima os jovens da
realidade, que muito acostumados com o conteúdo programático
segmentados de sala de aula, têm dificuldade em conectá-los entre
si e aplicá-los ao mundo real.
Conhecimentos
transversais
O
professor de redação Milton de Castro, também envolvido no
projeto, revela que a iniciativa proporciona aos estudantes
desenvolverem não só a matemática e a escrita, mas como
expressarem a própria identificação. “É uma maneira deles se
enxergarem no texto. Quem lê a revista compreende melhor o aluno e o
que ele pensa. É até uma forma deles próprios se conhecerem”,
analisa.
Fonte: Correio Braziliense
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