A reunião articulada pelo
deputado distrital Roosevelt Vilela (PSB) com o governador e as
associações representativas de policiais e bombeiros foi mais uma
demonstração de que o governo está pouco se lixando para a atual
situação dessas classes. Em resumo: Um verdadeiro fiasco e a
continuidade da falta de respeito!
Assim como fez com os policiais
civis semana passada, o governador Rodrigo Rollemberg foi peremptório
em afirmar que não pode conceder nenhum reajuste por conta da Lei de
Responsabilidade Fiscal e a crise econômica e financeira porque
passa o GDF. Mais uma vez, como no governo anterior, trouxe a ideia
de criação de um grupo de trabalho formado por representantes da
Polícia Militar do Distrito Federal; do Corpo de Bombeiros; da Casa
Civil; da Secretaria de Fazenda e da Secretaria de Planejamento,
Orçamento e Gestão, mas reajuste só a partir de 2017.
Acontece que as reivindicações
dos policiais e bombeiros é justa porque os recursos a serem
aplicados num possível reajuste vem diretamente do Fundo
Constitucional do DF, criado em 2002 para manter e organizar os
órgãos de segurança pública do DF e bancado pelo governo federal,
cuja previsão de reajuste para 2017está estimada na casa dos 8%,
portanto, recursos mais do que suficientes para bancar o aumento
salarial.
Ao mesmo tempo que nega aumento
aos policiais militares e civis e aos bombeiros, Rollemberg anuncia
aumento salarial para os servidores da Câmara Legislativa e do
Tribunal de Contas do DF, bem como a abertura de concurso público
para a contratação de 2 mil professores para a rede pública, 800
imediatamente e 1200 para o cadastro reserva.
A insensibilidade e falta de
vontade política do governo para com as classes policiais do DF já
é notória desde seu primeiro dia de governo. Durante a campanha
eleitoral Rollemberg se comprometeu a conceder aos policiais e
bombeiros uma valorização que se baseava num novo Plano de
Carreira, Redução de Interstícios e Equipamentos e hoje sequer a
instituição dispõe de coletes balísticos para atender toda
corporação, as viaturas estão sucateadas e um péssimo Plano de
Saúde a policiais e dependentes, tendo mal e porcamente um
atendimento de urgência e emergência somente em dois hospitais, o
Santa Helena e o Maria Auxiliadora, na Asa Norte e Gama,
respectivamente.
No entanto a polícia continua
trabalhando. Os índices de criminalidade baixaram consideravelmente
e as apreensões de armas de fogo dispararam, com média de 7
apreensões por dia. Nem isso foi capaz de sensibilizar o governador
que foi enfático na negativa de encaminhar o pedido de reajuste ao
governo federal, mesmo após o Presidente interino, Michel Temer, ter
se comprometido a encaminhar ao Congresso Nacional tão logo o DF o
encaminhasse.
Agora o que causou surpresa nas
corporações foi o fato das próprias associações não
apresentarem ou divulgarem nenhuma proposta concreta ao GDF e que
fosse de conhecimento dos maiores interessados, as tropas. O que se
viu foram tabelas confeccionadas nos bastidores por membros das áreas
de pagamento das corporações e consequentemente por membros da DIP
(Diretoria de Inativos e Pensionistas) já que são dados,
aparentemente, condizentes, conforme divulgado em redes sociais.
Uma coisa é certa: Se a relação
de Agnelo Queiroz com a segurança de Brasília não serviu de
exemplo para Rollemberg, a relação dele com os integrantes das
corporações que já não era boa, agora azedou de vez. O que
acontecerá daqui para frente será responsabilidade exclusiva dele.
A PCDF já está em operação branca e a polícia militar não vai
deixar barato, pelo menos assim pensa a maioria dos integrantes da
Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros baseado nos comentários nas
diversas redes sociais.
Participaram do encontro o
comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Hamilton Santos
Esteves Junior; o comandante-geral da Polícia Militar, coronel
Marcos Antônio Nunes de Oliveira, e o secretário da Casa Civil,
Sérgio Sampaio.
Hoje (05), está previsto uma
reunião do deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) com
representantes das corporações, já que a resposta ao prazo
concedido ao GDF, decidido em reunião acerca de 20 dias, para a
decisão de encaminhamento de proposta venceu ontem (04) e a resposta
foi negativa. Nessa reunião será definida a data de uma Assembléia
Geral em praça pública para deliberarem quais medidas serão
adotadas doravante diante da negativa do governo.
Que aguardemos as cenas dos
próximos capítulos.
4 Comentários
Vem trabalhar no Rio, no DF é moleza....
ResponderExcluirVenham trabalhar um ano no Rio para comparar os salários e o perigo sofrido pelos policiais do PMERJ...
ResponderExcluirQuero saber se vai sair reajuste pro antigo guanabara Distrito Federal em julho de 2017
ResponderExcluirQuem dera tivéssemos reajuste em 2017.É pelo visto não teremos nem em 2018 nem 2019.Depois que nos passaram pra União estamos largados as traças
ResponderExcluirObrigado pela sugestão.