Um
aumento de 370% nas ocorrências de incêndio, umidade relativa do ar
variando entre 13% e 23% e 85 dias sem chuva. Esse é o cenário
enfrentado pelo brasiliense na primeira quinzena de agosto, durante a
semana mais seca do ano até agora. A aridez traz riscos à saúde e
agrava problemas como rinite, faringite e asma, alertam
especialistas. O cerrado também sofre as consequências, com
queimadas diárias, em diversos pontos do Distrito Federal. Diante da
situação e da intensidade da seca nos últimos dias, a
Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil do DF declarou estado de
alerta em toda a região. Há, porém, um vislumbre de alívio.
Técnicos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) esperam, para
esta madrugada e para o início da próxima semana, chuvas esparsas e
em pequenas quantidades.
A
meteorologista Morgana Almeida afirma que, se as previsões se
concretizarem, ao menos temporariamente o brasiliense terá um
pequeno alívio. A última vez que o órgão registrou chuvas nesta
época do ano foi em 2009. Os registros de baixa umidade de 2016
ainda não superaram os de 2015. Segundo dados do Inmet, o menor
índice de umidade do ano passado foi de 11%, em 20 de setembro e,
novamente, em 18 de outubro. Na última terça, 9 de agosto, os
aparelhos do instituto registraram 13%.
As
queimadas, por outro lado, estão batendo recordes. Um levantamento
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que,
proporcionalmente, o DF é a unidade da Federação com maior número
de queimadas em 2016, em relação a 2015 — com um aumento de 370%
no número de focos de 1º de janeiro a 10 de agosto, com, pelo
menos, 160 registros este ano, contra 34 no mesmo período do ano
passado. O Acre fica em segundo lugar, com 222%, e o Amapá, em
terceiro, com 163%. O Inpe registrou aumento de 67% no número de
ocorrências na capital ainda no comparativo de 2013 para 2014,
quando satélites registraram um salto de 46 para 77 incêndios em
regiões de cerrado.
Fonte: Matropôles
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