Com
dois reservatórios em estado de "atenção", o Distrito
Federal corre risco de ter de racionar água, segundo a Agência
Reguladora de Águas, Energia e Saneamento. A Barragem do Descoberto
está em 54% da capacidade total, enquanto a de Santa Maria opera com
56% da potência.
Depois
do estágio de atenção, dois outros patamares são considerados
mais graves pela Adasa. O segundo mais crítico é o estado de
“alerta”, quando a capacidade do reservatório está entre 40% e
20%. O pior nível é o estado de “restrição”, quando o volume
é inferior a 20%. Neste caso, a única solução é o racionamento.
De
acordo com o presidente da Adasa, Paulo Salles, a redução do
consumo de água é necessária, pois os reservatórios são
dependentes das chuvas para encher as barragens.
“Nós
não podemos fazer chover, e nós dependemos da chuva para renovar os
reservatórios. Agora, nós podemos reduzir o consumo que fazemos.
Então é importante um trabalho de cada um de nós”, afirmou
Salles.
O
Ministério Público questiona a falta de um plano B mais eficaz para
o problema da escassez hídrica no DF. Atualmente, há apenas os
reservatórios de Santa Maria e do Descoberto. Existe a promessa de
captação na barragem do Corumbá e do Lago Paranoá, cujas obras só
devem ficar prontas em 2018.
De
acordo com a promotora do Meio Ambiente Marta Eliana de Oliveira,
existe no DDF uma “cultura” de invasão de terras e de contrução
em local inadequado, que agrava o quadro dos baixos níveis de água
dos reservatórios.
“A
promotoria até hoje recebe novos processos de pessoas que estão
construindo, soterrando nascentes, drenando veredas. Isso faz com que
a nossa água se esgote. A população ainda não está consciente da
situação que nós estamos vivenciando já, agora.”
Fonte:
G1
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