Alegando
não ter dinheiro em caixa para pagar reajustes salariais a
servidores, o governador do DF esteve nesta terça-feira (16/8) no
Ministério do Planejamento. Pelas contas do GDF, governo federal
deve valores referentes a repasses a menor do Fundo Constitucional e
da previdência.
Quatro
dias depois de se
encontrar com o presidente interino Michel Temer (PMDB) para pedir
ajuda financeira, o
governador Rodrigo Rollemberg (PSB) esteve na noite desta terça-feira
(16/8) com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. A reunião foi
mais uma tentativa do Executivo local de amealhar recursos para
reforçar seu caixa. Alegando ter um rombo de R$ 1 bilhão para
fechar as contas em 2016, o GDF cobra da União uma dívida de cerca
de R$ 1,7 bilhão.
O
governo do DF afirma que precisa desse dinheiro para atender as
reivindicações salariais dos policiais civis, militares e
bombeiros. Nesta terça,
servidores da Polícia Civil entregaram os cargos de confiança e
deflagraram uma “greve branca”.
Na quarta (17), PMs e bombeiros, se reúnem para decidir se cruzam is
braços. Além das forças de segurança, 32 categorias da
administração direta aguardam em outubro o pagamento do reajuste
salarial que deveria ter sido pago em setembro do ano passado.
Pelos
cálculos da equipe econômica de Rollemberg, a quantia devida pela
União é referente a repasses a menor do Fundo Constitucional e a um
crédito relativo à previdência de servidores que foram
transferidos de um poder para o outro — da instância local para a
federal.
“Levantamentos
mostram que, desde que o Fundo Constitucional foi criado, o governo
federal repassou valores menores do que o deveria, que atualmente
estariam na ordem de R$ 1 bilhão”, explicou o secretário de
Fazenda, Antônio Fleury. Em relação à previdência dos
servidores, o montante devido seria de R$ 700 milhões.
Além
do governador e do secretário de Fazenda, participaram do encontro a
secretária de Planejamento do DF, Leany Lemos, e a procuradora-geral
Paola Aires Corrêa Lima. Na semana que vem, Fleury vai se reunir com
representantes do ministério para discutir o andamento das
propostas.
Na
segunda-feira, Rollemberg já havia se reunido com Michel Temer para
tratar do reajuste da Polícia Civil. Como a área de segurança do
DF é custeada com recursos do Fundo Constitucional, a concessão de
qualquer aumento salarial para as forças têm que passar pelo crivo
do Palácio do Planalto e ser aprovado pelo Congresso Nacional.
Fonte: informações da Agência Brasília e postado por metrópoles
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