No
sábado, um dia após a abertura da Olimpíada, a primeira chance
real de uma medalha depende da mira do brasileiro Felipe Wu. Líder
mundial do ranking da pistola de ar, distância de 10 m, ele é
apontado como um dos favoritos inclusive para o ouro olímpico da
categoria, apesar de não ter treinado nesta sexta-feira por conta de dores no ombro direito.
Felipe, 24
anos, tem ascendência chinesa, vive em São Paulo e é
terceiro-sargento do Exército. Em conversa com reportagem, confirmou
que, em caso de subida ao pódio, prestará continência em homenagem
à instituição da qual faz parte. “Não é porque ninguém pediu
não, é por mim mesmo”, disse Felipe na manhã da última
quinta-feira antes de uma sessão de treinamento.
A imagem de
um militar brasileiro prestando continência no pódio deve acontecer
algumas vezes ao longo das próximas semanas. Quase um terço dos 465
atletas inscritos pertence a alguma das Forças Armadas, resultado de
um programa de apoio ao alto rendimento encabeçado pelo Ministério
da Defesa.
A maioria
dos atletas não são militares de carreira, mas recebem um salário
de cerca de R$ 3 mil para se dedicar exclusivamente a treinar. “O
grande motivo pra eu ter entrado no Exército”, explicou Felipe Wu,
“é que [sendo civil] eu não posso ter arma de fogo até os 25
anos, por causa da lei do desarmamento. Eu como militar posso ter
arma a partir dos 18 anos.”
Em sua
prova de especialidade o atirador usa uma pistola de ar, mas ele
também competirá na pistola de fogo. Para os treinos dessa
categoria, o Exército o ajuda com a munição.
“Eu não
poderia comprar, nem o meu pai. Sem o Exército, eu não sei se
estaria levando o esporte de maneira profissional como eu estou”,
disse Felipe Wu, que trancou a faculdade de engenharia para se
dedicar exclusivamente aos treinos.
Revelação
do tiro improvisa treino na garagem de casa
Além dele,
atletas do judô como Rafael Silva, Mayra Aguiar e Sarah Menezes, e
Yane Marques, do pentatlo moderno, todos cotados para medalhas, são
militares.
O número
de militares em 2016 é quase o triplo do de Londres-2012 (145 a 51),
o que representa uma militarização do esporte olímpico do país
poucas vezes vista nos últimos anos. Ter esportistas militares é
tendência também em outros países, como Estados Unidos, Rússia e
França.
Coincidentemente,
a primeira medalha dourada do Brasil foi conquistada por um atleta
militar e do tiro esportivo, assim como Felipe Wu. Nos Jogos da
Antuérpia de 1920, o tenente Guilherme Paraense, conquistou o ouro e
hoje seu nome batiza o centro de tiro onde Felipe tentará seus
disparos certeiros.
A imagem de
um militar brasileiro prestando continência no pódio deve acontecer
algumas vezes ao longo das próximas semanas. Quase um terço dos 465
atletas inscritos pertence a alguma das Forças Armadas, resultado de
um programa de apoio ao alto rendimento encabeçado pelo Ministério
da Defesa.
A maioria
dos atletas não são militares de carreira, mas recebem um salário
de cerca de R$ 3 mil para se dedicar exclusivamente a treinar. “O
grande motivo pra eu ter entrado no Exército”, explicou Felipe Wu,
“é que [sendo civil] eu não posso ter arma de fogo até os 25
anos, por causa da lei do desarmamento. Eu como militar posso ter
arma a partir dos 18 anos.”
Em sua
prova de especialidade o atirador usa uma pistola de ar, mas ele
também competirá na pistola de fogo. Para os treinos dessa
categoria, o Exército o ajuda com a munição.
“Eu não
poderia comprar, nem o meu pai. Sem o Exército, eu não sei se
estaria levando o esporte de maneira profissional como eu estou”,
disse Felipe Wu, que trancou a faculdade de engenharia para se
dedicar exclusivamente aos treinos.
Além
dele, atletas do judô como Rafael Silva, Mayra Aguiar e Sarah
Menezes, e Yane Marques, do pentatlo moderno, todos cotados para
medalhas, são militares.
O número de militares em 2016 é
quase o triplo do de Londres-2012 (145 a 51), o que representa uma
militarização do esporte olímpico do país poucas vezes vista nos
últimos anos. Ter esportistas militares é tendência também em
outros países, como Estados Unidos, Rússia e França.
Coincidentemente, a primeira
medalha dourada do Brasil foi conquistada por um atleta militar e do
tiro esportivo, assim como Felipe Wu. Nos Jogos da Antuérpia de
1920, o tenente Guilherme Paraense, conquistou o ouro e hoje seu nome
batiza o centro de tiro onde Felipe tentará seus disparos certeiros.
Fonte: UOL
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