Um
grupo de 150 servidores públicos federais ameaça acampar nos
corredores da Câmara dos Deputados até a votação do Projeto de
Lei Complementar nº. 257/2016, prevista para essa terça-feira (2).
Os manifestantes querem a rejeição de itens que impõem severos
prejuízos para o funcionalismo, tais como proposta de congelamento
dos gastos com servidores por até 20 anos e o aumento da
contribuição previdenciária de 11% para 14%.
A
matéria chegou a ser incluída na Ordem do Dia desta segunda (1º) e
deveria ser debatida pelo Plenário, mas a votação não acontecerá
porque até o momento os parlamentares não conhecem o texto final da
proposta do governo. “Estamos à espera de um substitutivo
prometido pelo governo, que ninguém ainda viu. O colégio de líderes
decidiu que não vamos votar uma matéria que não conhecemos”,
afirmou o líder do PMB, deputado Weliton Prado (MG).
O
plano dos servidores era acompanhar os debates e cobrar dos deputados
uma postura contrária à matéria. Contudo, por volta das 16h, a
Câmara decidiu bloquear os acessos a casa, impedindo que mais
manifestantes entrassem no recinto. Quem já havia entrado também
foi impossibilitado de circular livremente pela casa, pois diversos
acessos foram bloqueados.
“Estamos
sitiados dentro da Casa do Povo”, afirmou o presidente do SinpecPF
(que representa os administrativos da Polícia Federal), Éder
Fernando da Silva. Segundo o sindicalista, é grande a disposição
do grupo de aproximadamente 150 pessoas de permanecer na Câmara ao
longo de toda a noite. “Não podemos correr o risco de bloquearem o
acesso novamente amanhã nos impedindo de lutar pelos nossos
direitos”, ponderou.
Outra
ameaça recorrente era a de deflagração de greve geral caso a
proposta seja aprovada. “Temos representantes de diversos segmentos
e não vamos aceitar pagar pela má gestão dos governantes”,
protestou Flávio Werneck, vice-presidente da Federação Nacional
dos Policiais Federais (Fenapef), que representa os agentes,
escrivães e papiloscopistas.
Fonte: Blog do Servidor
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