De
janeiro a agosto, a área queimada em incêndios florestais no
Distrito Federal atingiu 12.396,93 hectares (cada hectare corresponde
a 10 mil metros quadrados, um quadrado com laterais de cem metros). A
área queimada é 143,6% maior do que a atingida por incêndios no
mesmo período do ano passado (5.087,98 hectares).
O
número de ocorrências atendidas pelos bombeiros também aumentou no
período analisado. Entre janeiro e 14 de setembro de 2016, os
bombeiros receberam 5.542 pedidos de atendimento, índice 10,6% maior
que o registrado em todo ano de 2015 (5.010).
Julho
foi o mês com maior média de queimadas – 54 ocorrências por dia
– e também o com maior área queimada – 5.997,51 hectares, quase
metade do acumulado do ano.
O
Instituto Nacional de Meteorologa (Inmet) monitora as regiões que
têm risco de incêndio no país em uma escala que vai de “nenhum”
a “perigoso”. Atualmente, o Distrito Federal tem chances de
queimadas em regiões como a Ponte Alta, no Gama, e na estação de
Águas Emendadas, em Planaltina.
ÁREA QUEIMADA EM INCÊNDIOS FLORESTAIS (em hectares) |
||
MÊS
|
ANO
|
|
2015
|
2016
|
|
Janeiro
|
99,95
|
0
|
Fevereiro
|
18,18
|
24,66
|
Março
|
0,21
|
25,25
|
Abril
|
15,92
|
315,04
|
Maio
|
21,08
|
1.059,20
|
Junho
|
60,13
|
1.277,13
|
Julho
|
1.723,02
|
5.997,51
|
Agosto
|
3.149,49
|
3.698,14
|
TOTAL
|
5.087,98
|
12.396
|
"Nós
tivemos 87 dias sem chuvas e isso provoca secura na vegetação muito
intensa. Um lixo queimado se propaga rapidamente. Se a pessoa
pretende iniciar uma queimada, precisa buscar o apoio do Corpo de
Bombeiros e da Secretaria de Meio Ambiente. Não adianta queimar lixo
e a pessoa não sabe controlar uma eventual expansão do fogo”,
disse o metereologista do Inmet Luiz Cavalcanti.
Calor
e crise hídrica
O
DF tem passado por um período prolongado e intenso de seca. A semana
passada foi a mais quente do ano, com dias seguidos de umidade abaixo
de 20% e recorde de temperatura em 2016 – 34,2ºC, na quinta-feria.
A temperatura foi a segunda mais alta registrada para o mês de
setembro desde 1961, quando as medições começaram a ser feitas.
O
calor acentuado tem provocado efeito também no abastecimento de
água. A Caesb tem feito racionamento em algumas regiões cujo
abastecimento é feito a partir da captação de água de pequenos
rios e córregos, e não dos reservatórios que atendem a maior parte
da capital.
Veja
recomendações da Defesa Civil para enfrentar o período de seca
-
Evitar aglomerações em ambientes;
-
Aumentar a ingestão diária de líquidos, independentemente de
apresentar sede ou não. Beber pelo menos seis copos d'água de
tamanho médio;
-
Evitar banhos prolongados com água quente, bem como o uso excessivo
de sabonete para não eliminar totalmente a oleosidade natural da
pele;
-
Pingar duas gotas de soro fisiológico em cada narina, pelo menos
seis vezes ao dia. Esse procedimento evita o ressecamento nasal e a
ocorrência de sangramento;
-
Evitar ligar aparelhos de ar-condicionado, que retiram ainda mais a
umidade do ambiente;
-
Colocar toalhas molhadas e bacias com água nos quartos durante todo
o dia. Isso ajuda a manter o ar ambiente mais úmido;
-
Trajar roupas adequadas às condições do tempo. No calor, usar
roupas leves e se possível de algodão;
-
Fazer refeições leves, incluindo frutas e verduras sempre que
possível;
-
Evitar exercícios físicos no período compreendido entre 10h e 17h.
Nesse período, a insolação e evaporação atingem seus índices
máximos;
-
Usar cremes hidratantes ou óleo vegetal em abundância para evitar o
ressecamento da pele;
-
Optar pelo uso de sombrinha ou guarda-chuva no período mais quente.
Fonte:
G1
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