O ex-presidente da Câmara
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) contratou o advogado Marlus Arns, que atuou
no acordo de delação premiada de empresários na Operação Lava
Jato. O peemedebista está preso na Superintendência da Polícia
Federal em Curitiba, desde a noite de quarta-feira (19/10).
Ao deixar a sede da Federal na
capital paranaense nesta sexta-feira (20) após visitar o
ex-deputado, o criminalista Marlus Arns afirmou que delação
premiada “não foi tema de conversa”.
O escritório de Marlus Arns é
uma das três bancas que atuam na defesa do ex-deputado. Marlus
Arns vai entrar com habeas corpus em favor de Eduardo Cunha no
Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que mantém
jurisdição sobre a 1ª instância da Lava Jato, em Curitiba –
todos os recursos e outras medidas contra atos do juiz federal Sérgio
Moro são submetidos ao TRF4.
Marlus faz a defesa técnica de
Cláudia Cruz, mulher de Eduardo Cunha. A jornalista também é
representada pelo criminalista Pierpaolo Bottini.
A mulher do peemedebista é
acusada de lavagem de dinheiro. Segundo denúncia do Ministério
Público, Cláudia teria evadido cerca de US$ 1 milhão por meio de
contas secretas no exterior abastecidas por seu marido com dinheiro
da corrupção na Petrobrás.
O advogado costurou os acordos de
colaboração dos empreiteiros Dalton Avancini, Eduardo Leite e Paulo
Augusto Santos, da Camargo Corrêa, e do empresário João Bernardi
Filho, todos investigados na Lava Jato.
Ainda no universo da Lava Jato,
Marlus fez a defesa técnica de Ivan Vernon, ex-assessor parlamentar
do ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), de Valério Neves – ligado ao
ex-senador Gim Argello (PTB-DF) -, e de João Cláudio Genu,
ex-assessor do ex-deputado do PP José Janene (morto em 2010),
apontado como o mentor do esquema de cartel e propinas na Petrobrás.
Eduardo Cunha foi preso por ordem
do juiz federal Sérgio Moro. O magistrado acolheu os argumentos da
força-tarefa da Procuradoria da República de que, em liberdade, o
ex-deputado representa um ‘risco para a instrução do processo e
para a ordem pública’.
O ex-deputado foi capturado
preventivamente na garagem do prédio onde ele ocupava um apartamento
funcional da Câmara na Asa Sul, em Brasília, por volta de 13h15 de
quarta.
Fonte: Metrópoles
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