O incêndio que
atingiu cerca de 200 ônibus na garagem do Grupo Amaral, no Itapoã, em
junho deste ano, foi intencional. É o que revela laudo elaborado pelo
Corpo de Bombeiros. Segundo o documento, as chamas tiveram início no pátio
interno, próximo ao galpão, quando atingiram quatro coletivos.
De acordo com a
corporação, ainda não é possível saber o que foi usado para dar início ao fogo
nem o autor do crime. No entanto, foram encontrados pneus e pedaços de madeira
próximo ao ponto da origem das chamas. As informações são do Bom Dia DF. À
época, a Polícia Civil já trabalhava com a hipótese de o incêndio ter sido
provocado.
Segundo especialistas
da área de transporte, somente com os veículos completamente consumidos
pelo fogo, a perda seria de cerca de R$ 1,5 milhão, sem considerar
os outros 200 ônibus que tiveram estragos parciais e a estrutura
física avariada.
Grupo Amaral
O conglomerado do setor
de transportes foi criado por Dalmo Josué do Amaral, que se mudou para a região
de Brasília ainda nos anos 1950. O empresário chegou a ser dono de 30 empresas
da área e atuou no DF por décadas.
Porém, em 2013, após
inúmeros casos de reclamação de usuários e descumprimento de contratos
permissionários, o GDF decidiu intervir em empresas do grupo.
Na época, Valmir Amaral
já controlava as companhias de transporte do pai, que acabou falecendo no
ano seguinte, aos 80 anos de idade. Aos poucos, as empresas controladas
pela família Amaral acabaram excluídas das licitações para o transporte
público do DF, deixando as garagens do grupo repletas de ônibus velhos.
Em março deste ano,
a Justiça decretou a falência da Santo Antônio Transporte e Turismo,
da Rápido Girassol Transportes, da Expresso Rota Federal Transportes, da Santo
Antônio de Veículos, da Rápido Santo Antônio, da Jat Aerotaxi e
da Viação Valmir Amaral, todas pertencentes ao Grupo Amaral.
A sentença foi
publicada uma semana depois de a Justiça anunciar o leilão de uma
mansão avaliada em R$ 15 milhões do ex-senador Valmir Amaral, no Lago Sul,
para quitar dívidas do empresário, incluindo a sonegação de Imposto Predial
Territorial Urbano (IPTU) desde 2007.
O leilão
foi decorrência da falência de outra empresa do grupo, a Rápido
Brasília Transportes e Turismo Ltda. Nesse caso, a medida foi
decretada em razão do pedido de uma credora, que tentou executar a
empresa e encontrou bens para serem penhorados.
Em maio, a Justiça
também decretou a falência da empresa Rápido Planaltina e Transportes
Progresso, ambas de propriedade do Grupo Amaral. Com a falência, os veículos
estavam todos na garagem.
Bens escondidos
No mês passado, o Metrópoles mostrou que o ex-senador
mantém uma frota milionária de veículos escondida no Sudoeste, a mais de 10
quilômetros de sua mansão no Lago Sul. Entre os carros estacionados em um bloco
da quadra 305 estão um Porsche Panamera branco, um Corvette
conversível vermelho e um utilitário Land Rover.
Outras duas máquinas,
uma Ferrari branca e um Corvette conversível amarelo, estão na garagem de outro
bloco da mesma quadra, onde Amaral é dono de um apartamento.
Fonte: Metrópoles
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