O
deputado Chico Vigilante, do PT, cobrou do Tribunal de Contas do DF a
liberação da licitação para contratar empresas de vigilância
para o governo de Brasília. Com a licitação, no valor de cerca de
R$ 500 milhões, serão contratados 7.500 vigilantes. As empresas
vencedoras manterão os profissionais que trabalham nas atuais
contratadas. Chico Vigilante reconhece que a licitação trará
grande economia ao governo.
O TCDF, porém, segura o processo há meses. Três conselheiros já pediram vistas, impedindo o julgamento. Não se sabe o motivo de tanto interesse pelo assunto e tanto empenho em protelar o andamento da concorrência.
Quem sofre também com a não lierações de licitações e a PM e BM.
O TCDF, porém, segura o processo há meses. Três conselheiros já pediram vistas, impedindo o julgamento. Não se sabe o motivo de tanto interesse pelo assunto e tanto empenho em protelar o andamento da concorrência.
Quem sofre também com a não lierações de licitações e a PM e BM.
Lentidão
inexplicável ou não explicável?
O
problema, porém, não se restringe a essa licitação. O TCDF tem
impedido o andamento de muitas concorrências a pretexto de aprovar
previamente os editais e verificar se há irregularidades. Como é
inexplicavelmente lento, prejudica a gestão e ou mantém as empresas
que já estão contratadas ou força a realização de emergenciais.
O
TCDF demora demais no exame prévio dos editais, suspende as
concorrências por tempo indeterminado a qualquer pretexto e muitas
vezes faz exigências sem sentido, algumas totalmente descabidas. E
os prejudicados não têm a quem recorrer.
O
tribunal tem uma enorme e caríssima estrutura administrativa,
qualificada e muito bem remunerada, mas é de uma lentidão
paquidérmica. A culpa por isso, porém, parece que não é dos
auditores e quadros técnicos do TCDF. Os conselheiros é que, por
alguma razão, fazem jogo duro e seguram os processos.
Saíram,
mas a Câmara não saiu deles
O
TCDF é praticamente uma extensão da Câmara Legislativa, pois cinco
de seus sete conselheiros são ex-deputados distritais. Embora
atendendo aos requisitos legais, ao serem nomeados nenhum deles
estava capacitado para a função, por formação e por experiência.
Foram premiados com o cargo vitalício, muito bem remunerado, com
aposentadoria integral, repleto de mordomias e que lhes dá muito
poder, apenas por razões e conveniências políticas.
Alguns
aprenderam no exercício da atividade, outros ainda dependem dos
assessores qualificados. Mas todos mantiveram no tribunal o jeito
conhecido de fazer politicagem, com todos os seus desdobramentos. E
alguns têm planos de voltar à política.
Fazem do TCDF quase que uma extensão da Câmara.
Fazem do TCDF quase que uma extensão da Câmara.
O
jeito é ficar quieto e engolir
O
fato é que os conselheiros criam muitas dificuldades aos governos:
emperram licitações, fazem cobranças sem sentido, tentam impor
procedimentos e por aí adiante. Os governadores, seus secretários e
outros dirigentes nada podem fazer, além de peregrinar pelos
gabinetes dos conselheiros pedindo a liberação. São recebidos
gentilmente e a conversa é amena – um teatro que se repete há
anos.
Os
que têm função no governo têm de engolir a prepotência e nada
podem fazer, mesmo quando percebem atitudes que parecem estranhas, ou
inexplicáveis, como os três pedidos de vista no processo da
licitação para contratar empresas de vigilância. Estão todos nas
mãos dos que vão fiscalizar e aprovar suas contas e não querem
contrariá-los ou desafiá-los.
Um errinho contábil ou formal pode ser fatal para um gestor público.
Um errinho contábil ou formal pode ser fatal para um gestor público.
Mera
coincidência, claro
O
TCDF parece ter uma atenção especial com os editais da Polícia
Militar. Todos passam por um exame que deve ser muito apurado, pelo
tempo que leva. Mas não deve ser verdade que seja implicância e
tenha a ver com o fato de dois conselheiros, entre os quais o
presidente Renato Rainha, sejam originários da Polícia Civil.
Tolerância
mil no trânsito
Uma
viatura do DER trafegando na velocidade máxima da rodovia, 70
quilômetros por hora, foi ultrapassada por vários veículos, alguns
a mais de 100 quilômetros por hora. Os ocupantes da viatura,
conversando animadamente, não estavam nem aí para os infratores.
Em qualquer lugar onde a autoridade se faz respeitar e é respeitada, os motoristas não têm coragem de ultrapassar uma viatura policial ou de fiscalização de trânsito que rode na velocidade máxima. Se fazem isso são abordados e multados.
Em qualquer lugar onde a autoridade se faz respeitar e é respeitada, os motoristas não têm coragem de ultrapassar uma viatura policial ou de fiscalização de trânsito que rode na velocidade máxima. Se fazem isso são abordados e multados.
Em
Brasília, os motoristas já perderam o respeito pelo DER, pelo
Detran e pelo batalhão de trânsito da PM. Fazem o que querem na
frente deles.
Autoridades
que se autodesmoralizam
As
autoridades de trânsito em Brasília fazem vistas grossas ao
estacionamento irregular nas vias comerciais do Plano Piloto, até
mesmo quando os veículos param nas curvas dos balões, nas
tesourinhas e em cima das faixas de pedestres. Os motoristas não se
limitam mais às filas duplas, estacionam em qualquer lugar e
complicam o tráfego.
Como
os que têm de fiscalizar o trânsito, no Detran ou na PM, nada
fazem, as bandalhas continuam e as autoridades se desmoralizam. Como
se sabe, as pequenas infrações levam às grandes.
Aliás…
Por
que, com quase dois anos de gestão, o governo de Brasília não
consegue implantar os estacionamentos pagos que existem em todas as
grandes cidades do mundo?
0 Comentários
Obrigado pela sugestão.