Por Poliglota
Me surpreendi hoje com o anúncio e um folder do
deputado distrital Ricardo Vale (PT) convidando a sociedade para numa audiência
pública marcada para o dia 07/11, segunda-feira, para debater as operações
policiais empreendidas contra estudantes que, segundo ele, democraticamente
ocuparam as escolas de todo país, e em especial, Brasília.
Gostaria, como eleitor, morador de Brasília e jornalista, deixar um
recado ao “Excelentíssimo” senhor deputado para que antes de sair por aí
fazendo convocações ao léu, desrespeitando a inteligência humana e o povo de
Brasília, que primeiro se inteirasse das coisas. Por acaso a Comissão de
Segurança Pública da Câmara Legislativa foi informada disso e convidada para
participar? Naturalmente o senhor não deve ter esquecido de convidar também o
governador, a Secretária de Segurança e os comandantes da PMDF e CBMDF, além
das entidades de classe que os representam né? Evidente, pois imagino que o
senhor como civil, não deve ter muita “experiência” para debater operações
policiais, né verdade?
Esses “jovens democráticos”, senhor deputado, nada mais são do que mais
um grupo de baderneiros, infratores da Lei e, portanto, sujeitos às penalidades
que a Lei faculta. Orientados por militantes petistas, ao qual sua origem não
foge, tentaram fazer de nossos filhos reféns de uma imposição maquiavélica,
frustrada por não ter plena adesão. Os verdadeiros e futuros representantes de
nosso país, em maioria esmagadora, rejeitaram tais atitudes, porque da educação
provém a evolução.
O tempo que o senhor perderá, com certeza, criticando ações policiais
notórias nas funções dos “Agentes da Lei” o senhor não acha que deveria estar
ocupado em audiências públicas para saber porque o Distrito Federal tem sido
omisso no tratamento de saúde da família policial militar, porque a PM dispondo
de um Centro Médico de primeiro mundo não contrata médicos para atender a
demanda interna, porque tem sido registrado mortes nas portas de hospitais
públicos pela inércia do governo do Distrito Federal, porque os alagamentos no
período de chuvas deixam Brasília ilhada e onde o governador está colocando os
recursos do Fundo Constitucional que foi criado, exclusivamente, para “manter e
organizar” as instituições de segurança pública de nossa capital?
Deputado, tenha santa paciência. O senhor não foi eleito para buscar
problemas e sim apresentar soluções. Fiscalizar o “infiscalizável?” Não quero
crer que o senhor esteja de sacanagem com a cara dos eleitores de Brasília,
subestimando suas inteligências!!!
Por fim, sobre essa “afronta” desses pirralhos cooptados por
esquerdistas dissimulados, o entendimento sobre isso, do ponto de vista da
guerra política, é que quem discute estas questões já entra na luta em
desvantagem, uma vez que este é o assunto que a extrema-esquerda quer que seja
discutido. A esmagadora maioria dos alunos que participam dessas invasões não
faz a mais remota ideia sobre o que é a PEC, nem sobre o que vai mudar com a
reforma do Ensino Médio. E é importante frisar algo aqui: eles não
querem saber. Peça que façam uma redação de 20 linhas, tão somente, e
obterá a resposta para o que afirmo.
Toda essa movimentação tem um propósito, que é atender a interesses
petistas e de suas linhas auxiliares. A ideia é movida pelo sentimento
“Fora,Temer”. Todos já deveriam saber, a essa altura, que se tais propostas
tivessem surgido durante o governo Dilma ou Lula elas teriam sido até mesmo
apoiadas pelos mesmos movimentos que hoje atacam. Portanto, tudo isso não é
mais do que uma movimentação para gerar desestabilização política, para promover
o caos. Isso, aliás, faz parte de táticas usadas desde Leon Trotsky. Porque não
ocuparam as escolas quando Dilma, sua presidAnta, aniquilou mais de 10 bilhões
da educação?
Portanto, e com todo respeito, avalio que quando estivermos falando com
militantes de extrema esquerda, não devemos perder tempo discutindo se a PEC é
boa, se a reforma no Ensino Médio é correta, porque nada mudará suas
ideologias. Mas, por outro lado, é necessário expor que toda essa baderna é
apenas um resquício que ficou das manifestações contra o impeachment, e que
eles tiveram que apelar para os adolescentes quando perceberam que haviam
perdido o monopólio das ruas. Leia deputado, apenas leia e se informe!
Da redação,
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