Com
a chegada das festas de fim de ano, principalmente o réveillon,
aumenta a demanda por fogos de artifício. Por isso, de acordo com o
Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, é fundamental ficar atento a
uma série de medidas para evitar acidentes. Alguns cuidados, como
ler atentamente as instruções do rótulo, manter uma distância de
segurança e nunca direcionar o artefato para outra pessoa, devem ser
obedecidos.
O
capitão do Corpo de Bombeiros Gildomar Alves da Silva alerta que o
cidadão somente deve comprar esses produtos em local devidamente
credenciado para tal finalidade. “Toda empresa que esteja
licenciada é confiável, pois passa pelas exigências da lei”,
destaca o militar.
Autorizado
a comercializar os produtos pela Divisão de Controle de Armas,
Munições e Explosivos, da Polícia Civil do DF, o empresário
Roberto Batata trabalha com fogos de artifício há 31 anos.
Segundo
ele, as festas de fim de ano elevam em 80% a demanda por equipamentos
pirotécnicos. “É, disparado, o período de maior venda”,
revela. Os itens mais procurados em sua loja no Núcleo Bandeirante
são os de tiro e os de cores.
Para
o comerciante, outra precaução que muitas pessoas ignoram é o
pós-uso. “Todo artefato utilizado deve ser imerso em água para
evitar que outras pessoas tentem acionar sobras ou produtos que
falharam.”
Os
fogos de artifício fazem parte da lista de produtos controlados e
regulamentados pelo Exército Brasileiro. Já para a fiscalização,
a entidade conta com a parceria do Corpo de Bombeiros e das
administrações regionais.
Para
serem manuseados, os artigos pirotécnicos precisam obedecer a
padrões de qualidade e segurança, avaliados pelo Instituto Nacional
de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), ligado ao Ministério
da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Estudo
do Inmetro explica que esses produtos podem ser definidos basicamente
como um cartucho de papel com pavio, que envolve material explosivo,
onde os mais usados são a pólvora e o perclorato de potássio
(KCLO4). Esses componentes são explosivos.
Ainda
conforme estabelece o instituto, quando o fabricante deseja adicionar
cor a este espetáculo, ele inclui outras substâncias. Algumas são
o estrôncio (Sr), o bário (Ba) e o sódio (Na).
Hran
é o hospital de referência para o atendimento de queimados
O
Corpo de Bombeiros atendeu, até o fim de novembro, 126 ocorrências
relacionadas a queimaduras diversas. Em todo o ano passado, foram 106
chamados.
Apesar
de não catalogar especificamente lesões relacionadas a manuseio de
fogos de artifício, a Secretaria de Saúde classifica como pequena,
média e grande a intensidade da queimadura. Assim, neste ano o
atendimento médio a queimados no Hospital Regional da Asa Norte
(Hran), unidade referência neste tipo de atendimento, é de 22 casos
por mês. De junho a setembro ocorre aumento de 60% na estatística,
segundo os dados levantados.
Levando-se
em consideração a classificação estabelecida pela pasta, 35% das
internações foram de pequeno, 33% de médio e 32% de grande porte.
Na grande maioria dos casos (58%), as vítimas são crianças de até
5 anos. O índice de mortalidade hospitalar em pacientes queimados é
de 5%. Conforme ressalta a secretaria, cerca de 85% dos acidentes são
evitáveis, pois decorrem de negligência ou imperícia de terceiros,
ou da própria vítima.
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