A força-tarefa
de combate ao Aedes
aegypti vistoriou
1.738.621 imóveis desde que foi criada pelo governo de
Brasília, em dezembro de 2015. Nesse período, as operações
encontraram nas casas visitadas 24.447 focos do mosquito transmissor
de dengue, da chikungunya, do zika vírus e, mais recente,
da febre
do mayaro.
A
caçada valeu a pena porque a quantidade de focos de transmissão
diminuiu no Distrito Federal. Os números estão registrados na sala
de situação ―
espaço, no quartel do Comando-Geral do Corpo
de Bombeiros Militar,
que reúne representantes de órgãos do governo local, com o
objetivo de coordenar as ações contra o inseto.
Dezembro
do ano passado foi o mês com o maior número de ocorrências de
focos do mosquito encontrados nas vistorias, na comparação com os
períodos seguintes. Do total de aproximados 24 mil criadouros, 13,7
mil são relativos a dezembro.
Para
a tenente do Corpo de Bombeiros Daniela Ferreira, envolvida com a
força-tarefa, essa concentração em um mês pode ser explicada como
um resultado das ações contra o mosquito feitas pelo governo.
“Depois que as vistorias se tornaram semanais, e com a articulação
para conscientizar a população, a quantidade de focos diminuiu.”
Ela
afirma que a expectativa para o próximo ano é que a organização
seja mantida para que as ações continuem de forma intensificada.
Uso
de equipamentos para evitar a proliferação do mosquito
Além
da sala para controlar a quantidade de criadouros, o governo apostou
em novos equipamentos para
enfrentar o Aedes
aegypti.
De acordo com Petrônio Lopes, gerente de Vigilância Ambiental e
Ações de Campo, da Secretaria
de Saúde,
uma das aquisições foi o Bacillus
Thuringensis Israelense (BTI) ―
composto biológico que elimina pragas sem contaminar o ser humano.
Desde
janeiro, veículos pulverizadores de inseticida, os fumacês,
passaram por 573 mil imóveis. Profissionais da vigilância ambiental
também aplicaram o veneno dentro de 3.072 domicílios. Ainda foram
feitas visitas a 4,7 mil pontos estratégicos ― locais que
tendem a ter mais criadouros, como floriculturas, borracharias e
cemitérios.
A
partir de maio, a vigilância instalou 1.239 armadilhas. Segundo
Lopes, os equipamentos dificultam a proliferação de larvas e foram
colocados em hospitais, escolas e órgãos públicos. “As
ações foram intensificadas principalmente em manejo ambiental para
diminuir os casos no próximo ano”, justifica o gerente.
Mayaro:
a nova doença causada pelo Aedes
aegypti
A
febre do mayaro é uma doença infecciosa aguda, transmitida pela
picada do Aedes
aegypti.
Por ser similar a outras viroses e permitir a melhora sem tratamento,
raramente é diagnosticada. Segundo a Secretaria de Saúde, até
o momento, não há registro da doença no DF.
Parte
dos pacientes pode apresentar queixa de artralgia (dor nas
articulações) intensa, acompanhada ou não de edema. A lesão pode
ser incapacitante e durar meses. Mas normalmente o paciente se
recupera em uma ou duas semanas.
Mayaro
e chikungunya pertencem à família dos alfavírus. Por serem
relacionados antigenicamente (capacidade de produção dos mesmos
anticorpos), podem ocorrer reações cruzadas em seu diagnóstico.
A
doença começou a ser registrada pelo Ministério da Saúde neste
ano. De acordo com o informativo epidemiológico divulgado pelo órgão
federal em 25 de novembro, 70 pessoas tiveram a febre mayaro
confirmada. Delas, 60 são de Goiás, 9 do Tocantins e uma do Pará.
Fonte:
Agência Brasília
EDIÇÃO:
VANNILDO MENDES
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