Doze
por trinta e seis. Esse é o regime de trabalho da maioria dos
bombeiros do Distrito Federal. Trabalham 12 horas seguidas e depois
descansam 36. Mas essa rotina nem sempre é seguida à risca. Isso
porque os bombeiros, assim como policiais, jornalistas e médicos,
por exemplo, de fato trabalham todos os dias e estão sempre a postos
para o que surgir.
É
o caso do sargento Washington Cleber. O militar não esquece a data
de 10 de novembro de 2014, quando teve seu corpo queimado ao salvar
uma criança de um incêndio na casa ao lado onde morava, em
Ceilândia. Após dois anos, Cleber lembra com satisfação a
benfeitoria.
"Eu
estava em casa de folga, a vizinha da frente chegou gritando. Os
filhos estavam na casa dela e estava pegando fogo. Eu de bermuda de
imediato fui até lá e quando estava entrando o botijão de gás
explodiu, queimando minhas pernas. Mesmo assim entrei. Eu voltei, com
uma toalha molhada e encontrei uma criança de 12 anos desmaiada.
Consegui retirá-la de lá", relembra.
O
vizinho que o bombeiro conseguiu salvar levou três segundos para
acordar porque havia inalado muita fumaça. O Corpo de Bombeiros
então chegou e os militares conseguiram acabar com o fogo. Parte da
cozinha foi queimada.
Como
reconhecimento pelo ato, o sargento foi agraciado pelo Comando Geral
e subiu de patente, de 2º sargento para 1º, por ato de bravura.
"Foi algo que nem pensei. Quando a mãe falou que tinha criança
dentro eu só entrei para ajudar", comenta.
Música
que encanta
Outro
caso de bombeiro do DF que salva vidas fora do expediente é do
subtenente Ademir Junior. O militar usa a música em favor do bem,
tocando saxofone em hospitais e escolas públicas dentro do projeto
Sou+Música, levando alegria para quem precisa.
"Sinto
que estou devolvendo aos outros parte daquilo que recebi, o dom.
Sinto realização por fazer pessoas felizes e saber que para mim é
simples, mas para eles é como remédio para a alma", declara o
bombeiro.
O
subtenente já tocou nos hospitais da Asa Norte, do Gama, e no Base,
entre tantos outros. Crianças de escolas públicas de Ceilândia,
Taguatinga, e outras cidades também já recebem o bombeiro-músico.
O militar também viaja o Brasil inteiro com seu talento.
No
fim do expediente
Em
julho deste ano, três bombeiros do DF capturaram fugitivos da Casa
de Prisão Provisória (CPP) de Formosa (GO). Os militares
suspeitaram dos homens, que atravessavam a BR-020 correndo com roupas
brancas.
O
caso ocorreu quando os militares saiam do quartel do Paranoá e
retornavam do trabalho para suas residências, na cidade do Entorno,
por volta de 9h30. Perto do presídio, eles viram quatro homens
correndo pela pista e acharam a atitude suspeita. Logo depois, outros
três indivíduos atravessaram a via. Os militares, então,
resolveram fazer o retorno, ligaram para a Polícia Militar de Goiás
e abordaram os suspeitos.
Os
responsáveis pela ação foram o 3º sargento Costa Vale, o cabo
Leandro Veiga Rodrigues e o cabo Corino Alves, que interceptaram os
homens. Dois deles logo se entregaram. O outro tentou fugir, mas logo
foi detido por policiais. Os três fugitivos foram levados para a
delegacia de Formosa e reintegrados ao sistema prisional. A fuga
ainda não havia sido percebida na penitenciária.
Salvamento
dramático
Um
dos casos mais emblemáticos de salvamento foi no fim do ano passado,
quando o sargento Vladimir Renato do 22º GBM (Sobradinho) conseguiu
reverter o quadro de parada cardiorrespiratória em um bebê de 1 ano
e 7 meses que ficou submerso por 5 minutos em uma piscina no
condomínio Fraternidade, no Grande Colorado.
Após
os primeiros procedimentos no local, o bebê foi transportado no
helicóptero do Corpo de Bombeiros para o hospital de Sobradinho.
O Diário
do Poder acompanhou
uma equipe dos bombeiros durante um dia atendendo chamados e
ocorrências. Assista a seguir a realidade deles:
Fonte: Diario do Poder
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