A cidade do Núcleo
Bandeirante-DF completa 60 anos de existência esse mês, mas não
tem muito o que comemorar. Quem anda pela cidade pode constatar o que
abaixo segue. A senhora idosa do Distrito Federal parece estar
abandonada.
Após várias denúncias de
lideranças comunitárias, o blog resolveu acompanhar com essas
lideranças a atual situação da cidade e pode constatar que a
reclamação dos moradores tem fundamentação. “Desde a época
do Danúbio, o Núcleo Bandeirante nunca mais teve um administrador
que se preocupasse com a cidade, disse uma das lideranças”.
Aos 59 anos, Danúbio Martins foi
administrador da cidade de janeiro a junho de 2011 e fez uma boa
gestão, aproximando muito a população do governo e da
administração e acompanhando de perto as necessidades da cidade.
Foi um dos mais próximos cabos eleitorais de Rollemberg que mesmo se
comprometendo a reconduzi-lo ao cargo, fez-se de morto e deu as
costas para seu aliado. Em seu lugar nomeou Roosevelt Villela, um
sargento do Corpo de Bombeiros que não foi eleito e é suplente de
distrital, sem nenhuma expressão na cidade.
Quando Rollemberg ainda era um
simples candidato ao Buriti em busca de afirmação, a população
acreditou em suas promessas de campanha e se entregou de corpo e alma
para eleger o primeiro governador genuinamente “Geração
Brasília”. Porém, após mais de 3 anos de eleito, o sonho de uma
cidade melhor transformou-se quase que num pesadelo, longe daquela
cidade agradável para se viver pregada por Rollemberg.
Transporte
público
Um das prioridades que deveria
ser colocada em prática pelo governo, como prometido em campanha,
hoje é sinônimo de abandono. Apesar das obras do viaduto ter
facilitado o trânsito na entrada da cidade livre, em seu interior a
cidade parece um vilarejo da mais pacata cidadezinha do interior do
Brasil. O usuário que depende de coletivos começa seu martírio
quando tem que se deslocar às paradas de ônibus que, pasmem, ficam
de frente a um poste de iluminação pública. Além disso, mais da
metade da cidade não tem paradas de ônibus e em alguns casos sequer
uma placa de sinalização. Em períodos de chuva, os usuários se
abrigam sob as marquises das lojas até que o coletivo se aproxime e
olhe que a construção dessas paradas estão prometidas e aguardadas
há 6 anos.
Lixo
Na
questão da limpeza pública, durante nosso passeio observamos a
quantidade de ratos e baratas nos amontoados de lixos espalhados pela
cidade. As lixeiras comunitárias, projeto antigo, não foram
instaladas e o lixo é jogado a céu aberto. Vale ressaltar, que a
ausência dessas lixeiras já influencia até mesmo o comércio, pois
o cheiro de chorume invade os restaurantes, bancos e lojas. “Tem
clientes que até param o carro para almoçar, mas quando abrem a
porta saem e não voltam devido ao mau cheiro”,
disse um proprietário de restaurante na avenida central.
Esporte
Para quem pratica esporte no
parque ecológico da Metropolitana, bairro do Núcleo Bandeirante, a
situação é constrangedora no local. Não existe um bebedouro ou um
banheiro para uso para os mais de 2000 usuários que frequentam o
parque diariamente. Atualmente os frequentadores utilizam uma simples
torneira para se lavar ou para beber água. A última ducha que havia
no local foi instalada pelo ex-administrador Danúbio Martins. As
quadras poliesportivas, principalmente as das áreas verdes que
contornam a cidade, estão completamente abandonadas e a atual
administração sequer fez uma pintura para revitalizá-las. A
população questiona: Onde estão os recursos do IPTU?
Vila Cauhy
E
a medida que caminhávamos a situação ia ficando pior. A Vila
Cauhy, que leva o nome de um dos pioneiros da cidade, está um
verdadeiro abandono. Na Praça da Vitória que foi construída a 7
anos o mato toma conta das mesas e bancos instalados e o perigo da
proliferação de animais peçonhentos é grande, como cobras,
aranhas e escorpiões. O que nos surpreendeu mais foi o parquinho
destinado às crianças que se encontra com os brinquedos quebrados e
cercado de mato, colocando em risco a segurança das crianças que o
utilizam. Em 2015, na época das chuvas a Vila foi inundada por um
temporal e a consequente cheia do córrego Riacho Fundo, desabrigando
vários moradores. De lá pra cá as promessas de melhorias para
evitar nova tragédia ficaram só nas promessas e, graças a Deus, as
chuvas desse ano foram mais amenas.
Deficiente Físicos
O descaso com a cidade chegou ao
patamar de até mesmo os deficientes físicos, que por Lei devem ser
respeitados, estão impedidos de se deslocarem ao comércio para
comprar um simples remédio porque as rampas de acesso aos comércios,
principalmente na Travessa Dom Bosco, não foram construídas. Os
comerciantes reclamam que há 5 anos pedem uma providência a
administração e até agora nada. “O ano todo a cidade fez
festas na praça central da Igreja do padre Roque. Dinheiro para
festas tem, mas para construir uma simples rampa que nos auxilie no
deslocamento para nossas necessidades não tem?”, reclamou o
senhor Pedro, cadeirante e morador da cidade.
O blog, como mecanismo de
divulgação e informação à sociedade se coloca à disposição
para que a administração se manifeste. Até o fechamento dessa
edição não conseguimos contato com o Administrador da cidade.
Fonte: Blog do Poliglota
Fonte: Blog do Poliglota
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