Em
período de férias, as visitas a trilhas e cachoeiras tendem a se
intensificar. Para que não aconteçam acidentes durante o passeio, é
importante seguir dicas simples de segurança e prestar atenção à
previsão do tempo. Como a época é também de chuvas, pedras e
caminhos tendem a ficar mais escorregadios. Além disso, a
precipitação nas cabeceiras e nascentes de rios pode provocar
aumento repentino do fluxo, as chamadas trombas d’água.
Um
dos erros ao frequentar esses locais, pela primeira vez, é ir
sozinho ou, quando em grupo, dispensar o guia. Essas opções
aumentam o risco de se perder no caminho ou de escolher uma trilha
perigosa. O ideal é sempre fazer o passeio em, no mínimo, duas
pessoas. “É importante também sempre levar água potável,
lanterna e, se possível, mapa da região”, explica o comandante da
Companhia de Salvamento Aquático do Corpo de Bombeiros Militar do
Distrito Federal, tenente Victor Mendonça.
Além
disso, é fundamental levar os aparelhos celulares completamente
carregados. Somente um deve ficar ligado por vez, e o outro só após
o primeiro descarregar a bateria. Ainda que na cachoeira não haja
sinal, em caso de acidente é possível voltar ao ponto coberto por
antenas e ligar para o resgate. “Alguns têm a opção bússola ou
GPS, que pode ser enviada para a equipe de resgate ou inserida no
sistema das nossas aeronaves. Assim, o acesso ao local do incidente
fica mais rápido e preciso”, destaca o tenente Mendonça.
É
fundamental também avisar aos familiares ao ir a uma trilha ou
cachoeira, e informar a previsão de retorno. Se o prazo se esgotar e
a pessoa não comunicar o retorno, deve-se comunicar o Corpo de
Bombeiros imediatamente. “Nosso procedimento é um pouco diferente
do feito pela polícia. Não é necessário esperar 24 horas para
comunicar o desaparecimento. A primeira hipótese com que trabalhamos
é a de que a pessoa está perdida”, explica Mendonça.
Chuvas
podem dificultar o passeio
Ao
programar uma trilha, é necessário verificar a previsão do tempo
para o dia. “Com chuva, é melhor abortar a visita”, afirma o
comandante da Companhia de Salvamento Aquático. Nessas condições,
as pedras ficam mais escorregadias. É o caso do Salto do Tororó,
cachoeira muito visitada nesta época, com caminhos íngremes que
demandam atenção.
Além
disso, as chuvas nas cabeceiras dos rios podem elevar rapidamente o
nível da água e, com isso, provocar o fenômeno conhecido como
tromba d’água. Caso a trilha já tenha começado quando o temporal
desabar, a recomendação é retornar ao local de origem. Se houver
cachoeira, o ideal é procurar um ponto alto, distante do curso
d’água.
A
maior parte dos acidentes está relacionada a traumas de pessoas que
se perdem nas trilhas, de acordo com o tenente Mendonça. No caso de
afogamentos, crianças e adultos jovens são as principais vítimas.
O consumo de bebida alcoólica e de drogas também provoca os
incidentes.
Fonte:
Fato On Line
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