Por
O GLOBO
Um
novo estudo reforça como é perigosa a vida dos bombeiros.
Pesquisadores da Universidade de Edimburgo (Escócia) verificaram que
a longa exposição ao calor, situação comum entre estes
profissionais, afeta o sistema sanguíneo e, assim, aumenta a
possibilidade de ataques cardíacos.
Outros levantamentos já haviam
concluído que os bombeiros são os mais sujeitos a doenças
cardíacas entre todas as profissões vinculadas a serviços de
emergência.
O ataque cardíaco é a principal
causa de morte para bombeiros em serviço. Eles tendem a sofrer
paradas cardíacas em uma idade mais jovem do que a população em
geral. Nos Estados Unidos, cerca de 45% das mortes em serviço entre
os bombeiros são relacionadas a problemas cardíacos.
Entre os 19 bombeiros que
participaram do estudo, um grupo realizou duas simulações de
resgate, com pelo menos uma semana de intervalo, em um prédio de
dois andares por 20 minutos. Os bombeiros que estavam no grupo de
controle executaram uma tarefa de pouco esforço pelo mesmo período.
Amostras de sangue também foram
colhidas antes e depois, incluindo a medição de uma proteína
chamada troponina, que é liberada pelo músculo cardíaco quando
está danificado.
Os bombeiros que participaram de
operações de resgate experimentaram um aumento da temperatura
corporal de 1 grau Celsius, que se manteve por até quatro horas.
Também perderam peso, e a medicação não conseguiu provocar o
relaxamento dos vasos sanguíneos.
O sangue tornou-se "mais
pegajoso" e 66% mais propenso a formar coágulos potencialmente
prejudiciais do que o sangue de pessoas do grupo de controle.
— Os bombeiros rotineiramente
arriscam suas vidas para salvar o público. O mínimo que podemos
fazer é ter certeza de que estamos protegendo seus corações
durante o cumprimento de seus deveres — afirma Mike Knapton,
diretor médico assistente da Fundação Britânica do Coração.
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