São
eles o Partido da Igualdade (ID), que defende a causa de pessoas com
deficiência física, e o Muda Brasil (MB)
Dos
56 partidos em formação no país, só dois constituíram processo e
devem ser julgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até
outubro, quando vence o prazo para que as legendas possam disputar
eleições em 2018. São eles o Partido da Igualdade (ID), que
defende a causa de pessoas com deficiência física, e o Muda Brasil
(MB), que é uma linha auxiliar do PR, e cujo processo está mais
adiantado.
A
possibilidade de criação de duas novas siglas ocorre no momento que
presidentes partidários e parlamentares discutem a criação de um
fundo de financiamento para campanhas com vistas às eleições de 2018 –
uma alternativa à proibição das doações de pessoas jurídicas
Se
conseguirem o registro, as legendas dividirão com as já existentes
o equivalente a 5% do Fundo Partidário. Além disso, poderão
receber deputados federais, que levariam com eles o tempo de TV no
horário eleitoral gratuito equivalente aos votos recebidos por esses
parlamentares.
Pedidos
Na
semana passada, os autos do pedido de registro do Muda Brasil foram
encaminhados para a Secretaria Judiciária do TSE, com pedido do
gabinete do ministro Napoleão Nunes Maia, relator do caso, para que
se proceda o início das contagens das assinaturas de apoiadores.
Pela atual legislação eleitoral, são necessárias 460 mil
assinaturas de apoiamentos em 14 Estados para um partido ser
considerado apto a receber o registro.
O
MB conta com uma capilaridade de ação maior que o ID em função de
uma ação patrocinada pelo Partido da República. “Vários amigos
e deputados do PR estão ajudando na coleta de assinaturas O Antonio
Carlos Rodrigues (presidente da sigla) é um deles. Me deram trânsito
livre para conversar com pessoas do partido”, afirmou José Renato
da Silva, responsável pelo processo de criação do MB.
Antes
de começar a empreitada de criar um novo partido, Silva foi
secretário-geral do PR paulista e integrou a direção nacional do
partido. Ele só lamenta estar recebendo pouco apoio do ex-deputado
Valdemar da Costa Neto, que foi um dos condenados no mensalão, mas
ainda mantém influência no PR. “Valdemar tem credibilidade na
política. A força dele no PR é enorme. Ele me ajuda não
atrapalhando”, disse Silva. Costa Neto não quis falar com o
Estado.
Resposta
Procurado
pela reportagem, Rodrigues negou apoio direto à criação do Muda
Brasil, mas admitiu que membros do partido participam da articulação.
“O PR não participa da criação do Muda Brasil, mas não pode
fazer nada em relação a seus membros.”
Dirigentes
do PR ouvidos pelo Estado disseram que a ideia é formar um bloco
partidário na Câmara com mais de 50 deputados. A princípio, a
intenção da cúpula do PR não é se fundir à nova legenda, mas
esta iniciativa não está descartada.
Estariam
à frente da articulação o senador Magno Malta (PR-ES) e o deputado
Aelton Freitas (PR-MG). “Eu sou a favor da criação de novos
partidos. O pluripartidarismo é da cultura do Brasil”, disse
Malta, que também trabalha na coleta de assinaturas para a criação
de outra legenda, o Partido de Valorização da Vida. Freitas não
atendeu os contatos da reportagem.
Fonte:Estadão
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