Novaes
foi nomeado em 27 de março com o desafio de melhorar relacionamento
entre policiais civis e militares. Para ele, situação dos presídios
em Brasília é 'extremamente confortável'.
O
secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Edval Novaes,
afirmou nesta sexta-feira (7) que o modelo de policiamento no Brasil
deve ser repensado. Novaes trabalhou dez anos na Secretaria de
Segurança do estado do Rio de Janeiro e foi nomeado em 27 de março
para a Segurança Pública do DF.
“Não
sei se unificar as polícias seria uma solução, mas acho que esse
sistema deveria ser repensado. A partir do momento em que a
constituição prevê duas polícias a gente tem que tentar fazer com
que elas trabalhem da melhor maneira possível”.
No
dia da posse do secretário, o governador Rodrigo Rollemberg disse
que uma das motivações da troca de Márcia de Alencar por Novaes é
o fato de ele ser policial e que isso poderia ajudar no
relacionamento entre as corporações. Para o novo secretário, os
conflitos entre as instituições ocorrem em todo o país. “Em
alguns momentos com conflitos mais acirrados, outros menos, mas o
fato é que o nosso sistema de polícias existe em poucos lugares do
mundo.”
Sobre
problemas no sistema prisional, Novaes afirmou que Brasília está
numa situação “extremamente confortável”. “Nossos presídios
não estão tão superlotados como os outros”.
Nesta quinta-feira (6), a Defensoria Pública do Distrito Federal pediu que a Justiça condene o GDF e que os detentos em celas superlotadas possam ser indenizados por danos morais pelo Estado.
Nesta quinta-feira (6), a Defensoria Pública do Distrito Federal pediu que a Justiça condene o GDF e que os detentos em celas superlotadas possam ser indenizados por danos morais pelo Estado.
“A
Defensoria está no papel dela, a superlotação não é um
privilégio de Brasília, todo o país está com seus presídios
superlotados. Mas isso não foi da noite para o dia e grande parte
deles são presos provisórios”.
Para
Novaes, existem outros atores que estão inseridos nesse processo de
justiça criminal e que não são “tão cobrados como a polícia”.
Segundo o secretário, “do modo como as coisas são colocadas
parece que é culpa do Estado manter os presos provisórios”. Para
Novaes a justiça criminal “está envolvida com a superlotação
dos presídios e deveria ser mais cobrada”.
“Por
que esses presos provisórios não foram julgados ainda? Ou por
questões e problemas legais ou por uma morosidade da Justiça.”
Aposentadoria
Segundo
Novaes, um dos problemas enfrentados pelo Distrito Federal é o
adiantamento da aposentadoria dos policiais militares. “Eles estão
entrando na reserva com receio do que vai acontecer com a reforma da
previdência do governo”.
O
secretário disse que já existem concursos abertos para a categoria.
Mas a principal ação dele no comando da Segurança Pública será o
uso de estatísticas para “racionalizar” a atuação da PM,
determinando locais e horários de maior ocorrência de crimes.
Fonte: G1 DF
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