O
trabalho de prevenção e combate a incêndios florestais começa
oficialmente nesta quarta-feira (3), com o início da Operação
Verde Vivo.
A iniciativa é resultado de um esforço conjunto das áreas
ambiental e da segurança pública do governo de Brasília para
estimular a prevenção de queimadas no período de estiagem.
A
solenidade de lançamento ocorreu no Estacionamento 12 do Parque da
Cidade, com a participação de representantes do Corpo de Bombeiros
Militar do Distrito Federal, da Polícia Militar do Distrito Federal,
das Secretarias do Meio Ambiente e da Segurança Pública e da Paz
Social, da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal
(Terracap), da Marinha e da Aeronáutica.
A
Operação Verde Vivo se divide em cinco fases, que seguem conforme a
seca aumenta e a umidade relativa do ar diminui. Com a situação de
escassez hídrica pela qual passa o DF, a iniciativa foca os esforços
no combate às queimadas e na preservação dos recursos hídricos do
DF.
“Tem
chovido quase que a metade da média considerada normal. Estamos
vivenciando o que os cientistas do Painel Mundial do Clima projetaram
para daqui a 50 anos. Isso significa que precisamos, cada vez mais,
prevenir as queimadas”, destacou o secretário do Meio Ambiente,
André Lima.
A
primeira etapa é a de prevenção e tem fundamental importância
para evitar os grandes desastres causados pelo fogo, como explicou o
comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal,
coronel Hamilton Santos Esteves Junior.
“Este
é o momento em que iniciamos as tratativas, que julgo o mais
importante, para que na fase mais crítica de resposta aos incêndios
florestais estejamos preparados e sejamos capazes de minimizar os
efeitos da estiagem”, disse.
Em
2016, foram 6.887 ocorrências de queimadas em todo o DF, o que
significou 17.392 hectares de área queimada.
Conscientização
da população sobre incêndios
A
primeira etapa vai até o fim de maio e se baseia no trabalho de
conscientização das pessoas — em especial, os moradores de áreas
rurais.
Também
haverá treinamento dos militares que vão atuar no combate ao
incêndio no Cerrado. Por isso, na cerimônia de hoje foram entregues
3 mil equipamentos de proteção individual aos bombeiros.
As
roupas são confeccionadas em material resistente ao fogo, com tecido
que se carboniza e não se desmancha em contato com as chamas.
Nesse
estágio, também são produzidos os abafadores, instrumento muito
usado pelos militares em campo. Um deles foi montado na solenidade de
lançamento pelo secretário da Segurança Pública e da Paz Social,
Edval de Oliveira Novaes Júnior.
Mais
equipamentos para combater as queimadas
Como
parte da prevenção, também foram entregues cinco viaturas do tipo
autotanque, com capacidade para transportar 10 mil litros de água, e
11 viaturas do tipo autotransporte de tropas.
Com
a aquisição, a corporação soma 25 veículos desse tipo para
acessar as áreas rurais. Além disso, o Corpo de Bombeiros tem 24
viaturas do tipo autobomba tanque florestal, dois helicópteros, dois
aviões de combate ao fogo e um de monitoramento.
O
acompanhamento da evolução das queimadas será feito em tempo real,
por meio de convênio entre Corpo de Bombeiros e Terracap para que os
militares que atuam na área estratégica de combate às queimadas
tenham acesso ao banco de dados TerraGeo, com imagens
georreferenciadas do território em tempo real.
“Esse
convênio é de suma importância para a prevenção dos incêndios
florestais no DF”, avaliou o comandante Hamilton. O monitoramento
também será reforçado por imagens coletadas por um drone adquirido
pela corporação.
Operação
Verde Vivo vai até o período de chuvas
Uma
vez concluída a etapa de preparação para as queimadas, o Corpo de
Bombeiros Militar se mobiliza para os primeiros atendimentos. A
segunda, em junho, prevê que três unidades da corporação fiquem
de prontidão para atender ocorrências de fogo no Cerrado. São
elas: Asa Norte, Samambaia e Santa Maria.
Em
julho e agosto, passa-se à terceira fase da operação, em que a
umidade não está tão baixa, mas começam os incêndios maiores.
Em
setembro, ocorre o período mais crítico da seca, com temperaturas
altas e umidade relativa do ar abaixo dos 25%. O efetivo diário do
Corpo de Bombeiros é de 300 militares focados no combate às
queimadas.
Em
outubro e em novembro, chega-se ao final da Verde Vivo, que dura até
a vegetação recuperar a umidade e os incêndios acabarem.
Fonte: Agência Brasília
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