O dia 07 de maio de 1954 é uma
data importante e sempre rememorada no CBMDF. A catástrofe da Ilha
do Braço Forte resultou na morte de 16 bombeiros militares, que
bravamente cumpriam seu trabalho. A formatura foi criada para
homenagear os heróis do passado e se transformou em importante
tradição para a instituição.
Medalha Sangue de
Brasília
A Medalha Sangue de Brasília
instituída pelo decreto nº 9.490 de 29 de maio de 1986, destina-se
a agraciar os bombeiros-militares da ativa, da reserva remunerada ou
reformados, feridos ou acidentados no exercício da missão
profissional do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, ou
enfermidade contraída nessa situação, ou que nela tenha sua causa
eficiente. os militares das forças armadas ou das demais forças
auxiliares e os civis que tenham recebido ferimentos ou sido
acidentados em consequência de ação de salvamento, ou de extinção
de incêndio.
Foram agraciados os militares a
seguir:
Cel. QOPM HEMERSON RODRIGUES
SILVA
MAJOR QOPM JOSÉ GABRIEL DE SOUZA
JÚNIOR
1º SGT QPPMC ANTÔNIO PINHO DA
SILVA
3º SGT QBMG-1 IARA DE ALMEIDA
CALDAS
3º SGT QBMG-1 RONALDO COELHO
SILVA
3º SGT QBMG-1 JAIME DOS SANTOS
CABO QBMG-1 VICTOR HUGO
RANGEL THOMAS
Heróis da ilha do Braço
Forte
Passados 63 anos do dia 7 de maio
de 1954, encontramo-nos novamente voltados para reverenciar os atos
heroicos dos 17 bravos soldados do fogo que, na Ilha do Braço Forte,
atuaram com coragem no fatídico episódio, que até hoje é
considerado a maior tragédia da história de nosso corpo de
bombeiros.
Naquela oportunidade, os meios de
informação não eram tão eficientes como hoje. Com isso, nossos
bravos militares embarcaram e seguiram pela Baía de Guanabara com a
noção de que enfrentariam um grande incêndio. Mas até aí, não
havia nada que eles já não tivessem enfrentado antes. Em suas
mentes, durante o longo deslocamento, passava-se apenas a ideia de
que confrontariam com fadiga, desconforto, fumaça e outros velhos
inimigos sempre derrotados.
Mas, para a infelicidade de toda
uma sociedade, daquela vez seria diferente. A impressão que ficou é
de aquele incêndio teria se instalado para vingar todas as outras
derrotas, de maneira cruel e sorrateira, guardando sua ira por mais
de três horas, até que a valorosa guarnição se apresentasse para
sofrer o golpe fatal: a grande explosão.
As circunstâncias e o número de
bombeiros vitimados são elementos que fazem daquele sete de maio, a
pior das tragédias de toda nossa história, indiscutivelmente. Da
mesma forma, aqueles dezessete bombeiros que deixaram suas vidas no
cumprimento do dever, foram elevados a símbolos da nobreza da
profissão de bombeiro-militar que, em última análise, traduz-se
nos adjetivos de coragem e dedicação.
Nós, bombeiros, sempre fomos
vistos como retratos da superação e do heroísmo, em razão das
tantas vezes em que salvamos vidas, superando todos os obstáculos
que se apresentaram. As mortes da ilha de braço forte representam,
portanto, a maior de todas as provas de devoção a uma profissão
especialmente distinta.
Ser bombeiro militar é aceitar
que vida e morte, por vezes, estejam separadas por uma linha tênue.
E é justamente essa particularidade que nos faz conquistar, cada vez
mais, o respeito e a admiração da população.
Com a evolução da sociedade, a
corporação amadureceu e se aprimorou, aumentou seu efetivo,
adquiriu novos equipamentos e viaturas. Com tudo isso, nosso trabalho
tornou-se mais seguro e técnico, porém, sem perder de vista o
sagrado compromisso que um dia inspirou a composição de nosso hino,
compromisso esse que se evidencia no trecho que diz: ”mas não
temem da morte os bombeiros, quando ecoa d’alarme o sinal,
ordenando voarem ligeiros, a vencer o vulcão infernal”.
Assim sendo, manifestemos
novamente, nesta data em que o episódio completa seu 63º ano,
nossas mais profundas reverências à memória de todos os bombeiros
que perderam suas vidas para honrar o compromisso assumido perante a
população.
Estes são os Heróis do Braço
Forte:
MAJOR GABRIEL DA SILVA TELES
2º TENENTE WASHINGTON DE SOUZA
LIMA
1º SARGENTO EDGARD DE BARROS
LIMA
3º SARGENTO EPITÁCIO COSTA
3º SARGENTO MANOEL ANTÔNIO
PEÇANHA
CABO AMÂNCIO DA SILVA
CABO JORGE DOS SANTOS SANTANA
CABO CLAÚDIO DE SOUZA
CABO THOMAZ DA SILVA RUFINO
CABO MANOEL GOMES DA CRUZ
CABO JOSÉ EDSON VILELA
CABO ORLANDO XAVIER DA COSTA
CABO ANTÔNIO CEZÁRIO
CABO JÚLIO JOSÉ MARTINS ROSA
CABO WALTER MÁRIO CARDOSO
CABO ANTÔNIO PEREIRA BRASIL
CABO MOZART NERY BACELAR
Fonte: CBMDF
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