Por
João Paulo
Desde
pequena, a empresária Claudia Maria Aguiar via a mãe vestindo
mulheres com roupas mais bonitas para irem às festas. Ela tomou
gosto e tornou-se empresária no mesmo ramo. Hoje, aos 56 anos, tem
20 anos de loja e quer crescer mais. Para isso, pela primeira vez,
participou do Prospera – programa do GDF que dá crédito para
micros e pequenos empreendedores.
O
intuito do projeto é fazer com que esses empresários continuem a
crescer já que ajudam a girar a economia local. Cláudia foi uma das
59 pessoas que receberam ontem a carta de crédito da Secretaria de
Estado de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade
Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh). Ao todo, foram oferecidos R$
693.602,36.
Apesar
da quantia pequena recebida desta vez – apenas R$ 6,7 mil, Cláudia
Maria afirma que vai utilizar o montante para comprar roupas novas
para a loja de vestidos de festas no Núcleo Bandeirantes. “Eu não
sabia do projeto. Pensava que o governo só ajudava os grandes
empresários. Reclamava que não tinha um empurrãozinho para as
empresas”, lembra.
A
comerciante emprega três atendentes e uma costureira. Além de
manter essas pessoas com carteira assinada, ela reclama da quantidade
de impostos que devem ser pagos pelos que tentam manter as contas em
dia. A única reclamação é que da grande burocracia para obter o
dinheiro. Foram quase dois meses levando e trazendo documentos até
conseguir o crédito.
O
secretário-adjunto da Sedestmidh, Thiago Jarjour, entende o projeto
como uma importante política pública do DF que, mesmo criado em
1995, continua auxiliando pessoas a vencerem na vida e não fecharem
seu comércio. De 15 em 15 dias, são feitas novas entregas de
crédito que já chegaram a R$ R$ 2.949,293,58.
Com
carência que vai de três meses a um ano, quem pega o empréstimo
tem até 36 meses para quitação, com juros de 0,7% ao mês. A
inadimplência? “A gente tem uma taxa de inadimplência
surpreendente e que não chega a 3%. Eles querem estar em dia com o
programa. O nome é muito importante para eles. Tanto que quitam um e
já pegam outro”, garante Jarjour.
Pequeno
que se torna grande
O
presidente da Associação Comercial do DF (ACDF), Cléber Pires, diz
que é necessário dar crédito aos microempresários porque isso faz
com que os mesmos saiam da informalidade e passem a contratar. Ele vê
que os integrantes do programa são bons pagadores e, mesmo assim,
têm dificuldade para conseguir créditos em bancos.mais dinheiro das próximas
vezes. Ela quer contratar uma nova costureira e sonha em transformar
sua loja. “Tenho vontade de expandir, reforma, até mudar para um
lugar melhor no Núcleo Bandeirantes”, conclui.
Fonte: Jornal de Brasília
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