Brasília apresentou
inflação negativa pela terceira vez em 2017, em junho. A variação
nos gastos da população teve queda em relação a maio tanto no
Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), de -0,22%, quanto no
Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), -0,21%. Os meses de
fevereiro e março já haviam apresentado deflação.
Os dados foram levantados em
13 capitais pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) e analisados pela Companhia
de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).
Eles foram divulgados nesta quarta-feira (12), na sede da empresa
pública.
Nas duas aferições,
Brasília acompanhou a deflação verificada também nas outras
capitais pesquisadas pelo IBGE. A apresentação dos dados, feita
pela gerente de Contas e Estudos Setoriais da Codeplan, Clarissa
Jahns, mostra que a queda se deu devido à redução de preços nos
setores de Alimentação e Bebida e de Transporte.
“Juntos, esses setores têm
peso de cerca de 45% no gasto das pessoas”, explicou a gerente. A
gasolina, com variação de -4,45, puxou para baixo o gasto com
transporte. Quanto aos alimentos, junho registrou uma acomodação de
preços depois de dois meses em alta.
Segundo Clarissa, a
Petrobrás fez realinhamento dos combustíveis para baixo este ano.
“Quando o Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica]
interveio em alguns postos de gasolina no DF, Brasília teve uma
queda ainda maior nos preços.”
O IPCA mede a inflação de
um conjunto de produtos e serviços no varejo, referentes ao consumo
pessoal das famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos.
Já o INPC avalia o consumo de famílias com renda de um a cinco
salários mínimos.
Índice Ceasa registrou
aumento puxado pelas frutas
Apesar da deflação na
cidade e no País, o setor de frutas (com aumento de 3,04% nos preços
em relação a maio) fez com que o Índice Ceasa do DF (ICDF) tivesse
variação positiva (0,06%).
Os outros setores analisados
pelo índice, de legumes (-7,26%), verduras (-3,63%) e grãos e ovos
(-0,18%), apresentaram deflação. O levantamento é feito pela
Centrais de Abastecimento do DF (Ceasa).
Coube ao chefe da Seção de
Estatística da Ceasa, Fernando Nogueira, dar as explicações. “Esse
setor é muito pesado para a análise, e algumas frutas em especial,
que têm um peso maior nas ponderações, apresentaram esse viés de
aumento”, justificou.
Segundo Nogueira, o limão
(43,46%), a manga (23,37%) e o mamão (21,48%) foram as principais
causas da forte elevação de preços do setor em junho em relação
a maio.
O economista também
explicou que, embora o frio intenso tenha afetado a produção,
a Festa do Morango, prevista para setembro, está garantida
devido aos cuidados especiais na qualidade da plantação e no uso
racional de água frente à crise hídrica.
Fonte: Agência Brasília
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