Pelo
menos oito estados, incluindo o Distrito Federal, se organizam para a
Marcha Nacional pela Vida dos Policiais Militares e para prestar
continência aos quase 800 policiais militares assassinados entre
janeiro de 2016 a julho de 2017 em todo o país. Em Brasília a
marcha está sendo convocada pelo movimento “Esposas Unidas PMDF”,
cujo evento ocorrerá no próximo dia 23 a partir das 14 horas com
concentração em frente a Biblioteca Nacional na Esplanada dos
Ministérios
O cabo
da Policia Militar do Distrito Federal, Luciano Pereira estava no
caixa de uma panificadora em Aparecida de Goiás, em maio passado,
quando foi surpreendido por dois bandidos usando capacetes. O
policial teve a arma puxada da cintura por um dos dois criminosos e
foi assassinado.
O cabo
Luciano faz parte de uma estatística cada vez crescente no país
onde 477 PMs foram mortos em 2016. Este ano, 260 policiais
militares foram mortos no Brasil , um número gritante que não é
encontrado em nenhum outro país do mundo.
No
último dia 10, o cabo Marcos Marques, de 36 anos, da Policia Militar
do Estado de Minas Gerais, levou um tiro de fuzil na cabeça por
criminosos que tentavam assaltar duas agências bancárias no pequeno
município de Santa Margarida, Além dele um vigilante também foi
assassinado. O caso levou a família dos policiais militares de todo
o país a um estado de comoção e de revolta.
Desde
2015 está em vigor a Lei 13.142, que torna crime hediondo e
qualificado o assassinato de policiais no exercício da função ou
em decorrência dela. A norma abarca as carreiras de policiais civis,
rodoviários, federais, militares, assim como bombeiros, integrantes
das Forças Armadas, da Força Nacional de Segurança Pública e do
Sistema Prisional.
Ela
também se estende aos cônjuges, companheiros e parentes
consanguíneo de até terceiro grau assassinados em decorrência da
atividade do agente policial. Em caso de lesão corporal dolosa de
natureza gravíssima e lesão corporal seguida de morte contra os
policiais e seus familiares, a pena deverá ser aumentada em dois
terços.
Entretanto,
a medida é criticada por setores ligados aos Direitos Humanos que
não concordam com o endurecimento da lei contra os bandidos. O
debate voltou a reacender com o surgimento de um vídeo que roda nas
redes sociais.
Nele
uma palestrante que se intitula uma defensora dos direitos humanos
diz como acredita que os policiais militares devem agir em situações
como essa. Ela diz que os policiais devem atirar contra criminosos
apenas quando forem alvejados por eles.
Segundo
a mulher, todo policial militar tem uma arma não para atacar os
bandidos, mas para se defender. Isso significa que os agentes
deveriam esperar primeiro que os bandidos atirassem para depois
tomarem uma atitude contra os mesmos.
Ela
tenta explicar na filmagem que os policiais têm que trabalhar de
forma a não machucar o bandido e se for preciso têm que morrer
Edleuza
Paiva, uma das líderes do Movimento Esposas Unidas de Policiais
Militares da PMDF, classificou como um “deboche” o que diz a
representante dos “direitos dos manos” no vídeo. Em 2009,
Edleuza assistiu a morte do próprio marido ao ser assassinado por um
grupo de quatro bandidos que invadiu a chácara da família em
Planaltina.
“Meu
marido não teve a mínima condição de se defender. Morreu sem
poder reagir. Em uma situação como essa não é só o policial que
morre. Morre também o sonho, a autoestima da família do policial
assassinado”, disse ao Radar, Edleuza Paiva.
2 Comentários
RJ na luta a vida
ResponderExcluirViúvas esposas e familiares PMERJ . Força e honra
ResponderExcluirObrigado pela sugestão.