Resgate em cisterna no Morro
da Cruz, região de São Sebastião – DF. O incidente ocorreu no
sábado por volta das 15h (12/08). O senhor Raimundo Nonato dos
Santos, de 53 anos, morador da região, instalava o manilhamento da
cisterna, que é a proteção das paredes do buraco feito por moldes
circulares de concreto, quando em determinado momento caiu na
cisterna de aproximadamente 20 metros de profundidade.
O Corpo de bombeiros
executou a primeira tentativa de salvamento, descendo um bombeiro por
um sistema de cabos, porém ao chegar a certa profundidade a parede
do buraco começou a desmoronar, situação que fez a guarnição
desistir dessa abordagem. Foi solicitado recurso adicional, que
somados aos militares que já trabalhavam no socorro, efetivaram
outras aplicações de salvamento durante cerca de 7 horas, porém
sem o resultado almejado. As atividades de resgate foram
interrompidas às 22 horas de sábado, com o objetivo de traçar um
novo planejamento em razão das situações adversas encontradas. No
domingo, às 8h (13/08), os recursos foram mobilizados e aplicados de
forma a perfazer, até hoje 17 de agosto, 117 horas de trabalho
dentre o período de manutenção dos equipamentos, troca dos turnos
e avaliação das atividades realizadas.
A maior dificuldade
encontrada pelos bombeiros é relacionada ao tipo de solo e do veio
de água que esta alagando o buraco. Essa relação não esta
permeando uma condição segura para que os militares escavem o solo
sem o risco iminente de desbarrancamento. Essa circunstância de
segurança é a principal preocupação nas ações do resgate e é
avaliada a todo instante. Nesses últimos cinco dias a melhor
estratégia foi cavar um platô de 11 metros que comportasse nossos
recursos e diminuísse a massa de terra sobre o ponto do buraco, essa
base foi cavada com a utilização de duas escavadeiras hidráulicas
e uma trator de esteira cedidos pela Novacap e DER, intermediada pela
Defesa Civil do DF.
Após a localização do
corpo de Raimundo, os bombeiros começaram a fazer uma escavação
fina, contudo, por volta da 23h40 a manilha principal instalada para
sustentação da parede do buraco deslocou por conta do aumento do
volume hídrico do veio d’água, causando uma condição insegura
para continuidade da escavação. Assim sendo o serviço foi
direcionado para restabelecer uma forma segura de trabalho. Uma outra
manilha foi colocada como o objetivo de pressionar todo o conjunto de
manilhas, com o intuito de forçar a manilha principal para que volte
a posição original.
Depois do serviço realizado não foi possível
verificar o posicionamento da peça principal, em razão da água ter
enchido parte do buraco, não possibilitando a visualização.
Novamente outra medida foi tomada como forma de solução, iniciando
por volta das 2h da manhã o esgotamento do poço com a utilização
de bombas. Como o esgotamento é lento, pois a vazão de entrada de
água na madruga e grande, às 4 horas da manhã os militares
começaram a preparar os materiais para recomeçar as ações diretas
de escavação às 8h (18/08) com uma nova equipe de bombeiros.
O
início das atividades dessa sexta feira, perfaz nesse momento 127
horas de trabalho, com a utilização de cerca de 166 militares,
dentre os diversos Grupamentos do CBMDF.
Com informações do CBMDF
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1 Comentários
Excelente matéria, porém em momento algum citaram os demais órgãos envolvidos, como defesa civil,NOVACAP com a escavadeira hidráulica, pá mecânica e caminhão para retirada da terra, DER com a outra escavadeira hidráulica para também auxiliar na retirada de terra.
ResponderExcluirObrigado pela sugestão.